Guerra e conflitos

Notícia : Guerra e conflitos

" A ofensiva jihadista em Cabo Delgado só pode ser derrotada através da combinação de uma resposta militar eficaz com ações que satisfaçam as aspirações dos cidadãos"

Entrevista a João Bernardo Honwana, consultor na área de Resolução de Conflitos, Mediação Política e Diplomacia Preventiva, em Nova Iorque. Foi funcionário das Nações Unidas entre 2000 e 2016, tendo servido como Representante do Secretário-Geral para a Guiné-Bissau e Diretor de Divisão (África I e África II) no Departamento para Assuntos Políticos. É Coronel Piloto Aviador na reserva e antigo Comandante da Força Aérea de Moçambique. Participou a 1 de julho na Speed Talk do Clube de Lisboa sobre o jihadismo em Cabo Delgado. (webremix.info)


Brics ignora crises políticas na América Latina em declaração final

Os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) não chegaram a um consenso e ignoraram o tema das agitações políticas e sociais na América Latina, após a 11 reunião de cúpula. A Declaração de Brasília, mensagem formal negociada entre os cinco líderes do bloco e suas delegações diplomáticas, contém um capítulo de "conjunturas regionais", onde teria sido possível incluir a questão. O posicionamento comum sobre os conflitos políticos foi antecipado pelo jornal O Estado de S. [Leia mais...] (webremix.info)


Papa inicia viagem por três países africanos

O papa Francisco iniciou na quarta-feira, 4, uma viagem por três países da África afetados por pobreza, conflitos e desastres naturais.O pontífice foi recebido por uma multidão em Maputo, capital de Moçambique, onde amanhã rezará uma missa no Estádio Nacional - é a primeira visita de um papa ao país desde 1988. Em seguida, o papa visitará Madagáscar e Ilhas Maurício, voltando ao Vaticano no dia 10. (com agências internacionais) As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (webremix.info)


EUA retiram tropas da Líbia em meio a tensões na capital

Militares dos Estados Unidos disseram que retirara um pequeno contingente de Forças americanas da Líbia enquanto o país está à beira de uma guerra civil em grande escala, com combates continuando em torno da capital Trípoli. Ao citar a capacidade das Forças dos EUA de "flexionar onde for necessário" na Líbia, o coronel Christopher Karns, porta-voz do Comando da África, confirmou a saída de Trípoli. [Leia mais...] (webremix.info)


"Djon Africa" tem sessão especial com presença do diretor em Salvador


Nesta quinta-feira, o Itaú Glauber Rocha recebe a sessão especial do longa-metragem Djon Africa, às 19h. Dirigido por Filipa Reis e João Miller Guerra, a sessão contará com a presença do diretor, o protagonista do filme, Miguel Moura, e a cineasta e ativista negra Viviane Ferreira, que fará a mediação do debate. O filme faz parte do projeto Sessão Vitrine Petrobrás. [Leia mais...] (webremix.info)


Ainda há material da Guerra Colonial em serviço nos três ramos das Forças Armadas

Espingardas automáticas G3 do Exército são as mais conhecidas, mas Marinha e Força Aérea também operam ainda com algum material usado na guerra de África. (webremix.info)


Cinco conflitos que movem a crise de refugiados

A fome e a guerra, principalmente na África e no Oriente Médio, levam milhões de pessoas a migrar para países vizinhos (webremix.info)


ANÁLISE: África do Sul deixou programa nuclear bem mais modesto

Autoridades americanas têm discutido o modelo de desnuclearização da África do Sul, no fim da Guerra Fria, como um exemplo de como a Coreia do Norte pode abandonar as próprias armas (webremix.info)


Olhar de Cinema abre programação discutindo identidades nacionais


Teve início na noite dequarta-feira, 6, a 7 edição do Olhar de Cinema, festival curitibano dos mais interessantes do país e de programação variada e instigante. Na abertura, exibição de "Djon África, primeiro longa de ficção da dupla de realizadores portugueses Filipa Reis e João Miller Guerra, presentes no evento. O filme investiga um processo muito particular de busca de identidade a partir de uma viagem. [Leia mais...] (webremix.info)


Mundo está menos pacífico do que uma década atrás, mostra índice global

Conflitos no Oriente Médio e na África colocam Síria, Afeganistão, Sudão do Sul, Iraque e Somália como os cinco países mais violentos do globo (webremix.info)


Portugal em Roterdão sob o signo da intimidade (webremix.info)


A estância termal falhada que acolheu refugiados bóeres, prisioneiros alemães e agora será um hotel

Foram construídos para transformar as Caldas numa estância termal moderna e receber as elites de finais do século XIX. Mas estes edifícios imponentes acabaram a albergar refugiados da guerra dos bóeres da África do Sul e detidos alemães da I Guerra Mundial. Mais tarde serviram de quartel, de esquadra de polícia, de escola secundária, de sede de associações... Sem obras de manutenção, um século depois transformaram-se numa quase ruína. Um projecto para hotel de cinco estrelas está aí ao virar da esquina para lhes dar nova vida. São os Pavilhões do Parque das Caldas da Rainha. (webremix.info)


“É claro que é um grande romance, fui eu que o escrevi!â€

Sentiu “a mão muito feliz” ao escrever o romance, mergulho profundo em memórias para indagar sobre o amor, a morte, a vida. É a relação entre um pai e um filho, a guerra de África em fundo. Eis António Lobo Antunes, agora, a não encontrar o rapaz que foi. (webremix.info)


Tribunal instrui a Nigéria a pagar 248 milhões de euros a vítimas da guerra civil

Tribunal de Justiça da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental instruiu o Governo nigeriano a pagar cerca de 248 milhões de euros em indemnizações às famílias das vítimas da guerra civil de 1967 e em reparações. (webremix.info)


A fome na Venezuela é real

Venezuelana que trabalhou com ajuda humanitária em países da África e da Ásia após desastres e guerra agora usa sua experiência em um contexto que nunca esperou ter de usar (webremix.info)


Conhecida por ‘Game of thrones’, Oona Chaplin volta à TV em ‘Taboo’

RIO — O que não falta a Oona Chaplin são credenciais. Bisneta do dramaturgo e vencedor do Nobel Eugene O’Neill, neta de Charles Chaplin, filha da atriz Geraldine Chaplin e do diretor de fotografia chileno Patricio Castilla, a atriz de 30 anos nasceu em Madri e cresceu entre Espanha, Escócia, Suíça e Cuba. links tv 29.4

Na TV, ficou conhecida por interpretar Talisa, mulher de Robb Stark em “Game of thrones”, uma das muitas vítimas do Casamento Vermelho. Agora, está de volta ao ar em “Taboo”, que o Fox Premium estreia hoje, às 22h.

Na elogiada série inglesa — com produção de Ridley Scott e assinada por Steven Knight (“Peaky blinders”) —, ao lado do protagonista, Tom Hardy, e do pai dele, Chips Hardy, Oona vive Zilpha, uma mulher do século XIX que se divide entre o amor por seu marido e pelo meio-irmão (por isso o “tabu” do título), interpretado por Tom. Aqui, o astro de “O regresso” encarna James Delaney, um homem que volta a Londres depois de passar dez anos desaparecido na África e ser dado como morto.

— O que me atraiu para esse projeto foi Tom. Fiz o teste com ele, e a fera que carrega em seu interior me impressionou. Eu disse: “com esse homem eu sigo até o fim do mundo” — conta.

Oona, que protagonizou muitas cenas de sexo em “Game of thrones”, agora vive uma complicada história de incesto.

— Zilpha é uma mulher feroz e horrendamente reprimida num mundo em que o corset lhe aperta até a garganta. Ali, os homens não têm a mínima consideração pela vida dela ou de qualquer mulher. E o conflito que nasce na personagem é interessante. O incesto é um dos poucos tabus restantes na televisão, é algo visto como imoral, sujo e nojento. Mas Zilpha e James se amam, não é um relacionamento abusivo. Isso só complica mais as coisas.

Já de sua família real, em vez de conflitos, Oona só guarda boas referências. Ela, que se define como um “coquetel de culturas”, em nenhum momento nega as origens.

— Deles herdei a curiosidade e a falta de preconceitos. Sou muito orgulhosa de fazer parte dessa família. Espero que no dia em que eu morrer eu possa olhar para trás e dizer: “honrei aquilo que herdei”.

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Liberdade de imprensa nunca esteve tão ameaçada, alerta Repórteres sem Fronteiras (webremix.info)


O difícil recomeço de refugiados do Congo

NITERÓI — A guerra civil do Congo, que já dura mais de 20 anos, segue separando famílias. Enquanto parte da população luta, outra foge do conflito, buscando refúgio em diversos países. Alguns o encontraram no Jardim Catarina, em São Gonçalo. Um processo contínuo iniciado há quatro anos e que já trouxe 12 famílias para a cidade. Hoje há 54 pessoas, sendo que duas nascidas no município. A vida do lado de cá do Oceano Atlântico é dura. Pessoas qualificadas seguem desempregadas. É o caso da farmacêutica Mireille Minga Kiala, de 30 anos.

— Faz um ano que cheguei. Precisamos da liberação dos documentos definitivos. Assim, sem trabalho, está muito difícil. Estou procurando faxina — conta a mulher, que abriu a casa onde vive com o marido e quatro filhas para mais duas refugiadas. — Fidelli, grávida na época, estava na rua chorando. Se for para passar fome, passamos juntas.

As necessidades são amenizadas por doações da Pastoral Familiar da Paróquia de Santa Catarina Labouré.

— Trazemos legumes a cada 15 dias. Fidelli chegou grávida, e sua criança nasceu há dois meses. Estamos buscando ajuda para a alimentação de todos — explica Sérgio Pereira, que cuida da pastoral ao lado da mulher, Ademilda.

Apesar do apoio, as dificuldades ainda rondam o grupo. Há uma semana, Fidelli começou a ter crises de choro.

— Deixei meu marido e minhas filhas lá. Não sei deles. Por isso choro — lamenta.

Ela, como a maioria, embarcou num navio sem saber o destino. Gastou as economias numa passagem clandestina. Ao chegar, muitos são acolhidos pela Cáritas, um braço da Igreja Católica, que paga um benefício temporário. Mas sem chances de emprego, o grupo ainda precisa de ajuda para suprir necessidades básicas.

Francine Kinzeka, de 28 anos, teve um pouco mais de sorte. Veio para o Brasil com o marido, Dominique, de 37, que trabalha como pedreiro. A família cresceu, há dois meses, com o nascimento da segunda menina. Francine mantém contato com a família, na África, pelo WhatsApp.

— Fico triste, porque a situação para eles piorou. Há poucos dias, teve conflito na vila — diz a mulher, que deixou a carreira de comerciante, e, hoje, procura emprego como faxineira.

A Secretaria municipal de Desenvolvimento Social de São Gonçalo realizou um encontro com os refugiados.

— Entre eles há profissionais de saúde, outros com nível superior, motoristas... — enumera o secretário Marlos Costa. — A maior necessidade, no momento, é encontrar trabalho.

Costa explica que os congoleses têm vistos, estão com a documentação regular e a maioria fala português. Como são refugiados, podem ser inseridos no Bolsa Família. Eles serão cadastrados no Serviço Nacional do Emprego. Acompanhamento de saúde e psicológico também estão sendo disponibilizados.

Quem quiser doar alimentos pode procurar a Pastoral Familiar da igreja na Rua Madeira de Freitas esquina com Avenida Paulo Sexto, no Jardim Catarina.

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‘Stefan Zweig’ mostra exílio de autor austríaco no Brasil

SÃO PAULO — Antes de ingerir uma dose fatal de tranquilizantes, em 22 de fevereiro de 1942, o escritor austríaco Stefan Zweig deixou uma declaração na qual agradecia ao Brasil por acolhê-lo tão bem. “Dia após dia, aprendi a amá-lo mais. Eu não gostaria de construir uma vida nova em nenhum outro lugar agora que o mundo que fala minha língua desapareceu para mim e que minha terra espiritual, a Europa, está se destruindo”, escreveu o autor. Dirigido pela atriz alemã Maria Schrader, “Stefan Zweig — Adeus, Europa”, em cartaz nos cinemas, narra os últimos anos de vida de Zweig (Josef Hader), passados entre Brasil, Argentina e Estados Unidos, ao lado de sua segunda mulher, Lotte (Aenne Schwarz). Uma das fontes de pesquisa da cineasta, que assina o roteiro em parceria com Jan Schomburg, foi “Morte no Paraíso — a Tragédia de Stefan Zweig”, do jornalista brasileiro Alberto Dines.

Leia a crítica e veja os horários do filme

— Eu queria muito fazer alguma coisa sobre exílio. Depois que li mais sobre Zweig, entendi que havia muitas questões envolvendo a saída dele de uma Europa dividida e extremamente radicalizada. Ele fugiu da guerra, mas vivia assombrado por ela. Com (o escritor) Thomas Mann, era considerado um dos mais importantes autores de língua alemã de sua época. E não podia publicar mais em seu idioma materno. Tudo isso era muito duro para ele — diz Maria, em entrevista ao GLOBO, por Skype, de sua casa em Berlim.

Dividido em seis partes, com um prólogo, um epílogo e quatro capítulos intermediários, “Stefan Zweig — Adeus, Europa” retrata episódios da vida do escritor entre 1936 e 1942, com especial atenção para o seu exílio sul-americano, entre Rio, Buenos Aires, Salvador e, seu destino final, Petrópolis. O filme mostra um momento que define o estado de espírito de Zweig nos primeiros anos longe de sua pátria, quando foi homenageado em um congresso de escritores na Argentina, mas se recusou a condenar publicamente a Alemanha e seu líder em ascensão, Adolf Hitler. “Não falaria publicamente contra um país, e não farei exceção”, diz ele a um jornalista.

Ele era um pacifista radical e um defensor ferrenho de uma Europa unida, não acreditava em fronteiras— Ele era um pacifista radical e um defensor ferrenho de uma Europa unida, que não acreditava na ideia de fronteiras. Defendia, talvez por gostar muito de viajar, que todas as pessoas deveriam ser cidadãs do mundo. Era um entusiasta do poder do intercâmbio cultural e da diversidade, numa época em que as discussões abertas já não eram mais possíveis e que tudo era preto ou branco. Há muitas coisas e temas combinados nesses últimos anos de vida que são importantíssimos — diz a diretora do filme.

As cenas brasileiras de “Stefan Zweig” foram filmadas em São Tomé e Príncipe, na África. No país, uma ex-colônia portuguesa, Maria encontrou cenário historicamente preservado e uma população muito parecida com a que precisava.

— É muito caro filmar no Brasil, não tínhamos orçamento para isso. Petrópolis está muito transformada, seria impossível reconstituir a época. Além do mais, em São Tomé estávamos no mesmo fuso horário da Alemanha, o que facilitou muito — explica ela.

O filme mostra o périplo de Zweig e Lotte antes de decidirem se instalar definitivamente no Brasil. Eles viajaram pelo Nordeste do país e tentaram viver nos Estados Unidos, mas acabaram voltando. Ele era fascinado não só pela beleza e pelo exotismo, mas pela ideia de um país marcado pela diversidade e pelo desenvolvimento social.

— Ainda que saibamos que isso não era verdade, aquilo parecia o paraíso para ele. Tudo parecia muito mais bonito. Ele ainda não tinha olhado a história da escravidão. Não tinha visto o contexto da época, com (Getúlio) Vargas no poder — diz Maria.

Em 1941, Zweig publicou “O mundo que eu vi”, uma espécie de testamento. O livro é rejeitado pelos críticos, em especial por Costa Rego, redator-chefe do “Correio da Manhã”, que escreveu vários textos desancando a obra.

— Com esse livro ele ficou marcado, tanto pelos imigrantes e as pessoas próximas deles, quanto pelos partidários da esquerda. Temos de lembrar que o Estado Novo estava no seu quarto ano, Vargas colaborava com o governo alemão. Mesmo assim, ele não desistiu do Brasil— diz a cineasta.

Maria, que é mais conhecida no circuito dos festivais e de cinema de autor como atriz, principalmente pelo filme “Aimée & Jaquar” (1999), diz que, se Zweig estivesse vivo hoje, talvez se surpreendesse com a realização de seu sonho de uma Europa unida. E com a perspectiva de que a região se tornou um ponto de chegada para refugiados, e não de partida. Como em sua época.

— Nossa geração teve a chance de viver o sonho de Zweig. Eu acho que ele diria para não desistirmos do sonho de manter a Europa unida — completa.

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ONU alerta para aumento do risco de morte por fome na África (webremix.info)


Alemanha testa detecção de fala para saber origem de refugiados (webremix.info)


Unicef: 2016 foi o ano mais mortal para as crianças sírias

BEIRUTE — O ano de 2016 foi o mais mortal para as crianças na Síria desde o início da guerra, alertou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) nesta segunda-feira. De acordo com a agência da ONU, 652 menores foram mortos neste período em razão dos combates, um salto de 20% na comparação com 2015 e um número superior a qualquer outro ano do conflito. Síria

Os dados constam em um relatório do Unicef publicado dois dias antes do 6º aniversário da revolta popular contra o ditador Bashar al-Assad, que acabou virando uma sangrenta guerra civil com mais de 470 mil mortos.

As crianças estão entre as primeiras vítimas da repressão brutal do regime e também de ações dos combatentes da oposição e de grupos extremistas. Não houve diminuição de ataques a escolas, hospitais, parques e casas no ano passado, enquanto o governo sírio, seus aliados e adversários mostraram um desprezo pelas leis da guerra.

Segundo o Unicef, pelo menos 255 crianças foram assassinadas dentro ou perto de uma escola em 2016, e 1,7 milhão está sem estudos. Uma em cada três escolas na Síria se encontra inutilizável — algumas devido à ocupação de grupos armados.

— A profundidade do sofrimento é sem precedentes — advertiu Geert Cappelaere, diretor regional do Unicef para o Oriente Médio e Norte da África, falando de Homs, na Síria. — Milhões de crianças na Síria são atacadas diariamente, suas vidas estão de cabeça para baixo.

O uso de crianças-soldado também aumentou no país. Pelo menos 851 crianças foram recrutadas por grupos armados no ano passado, mais que o dobro em relação a 2015.

Os recrutados se encontram cada vez mais na linha de frente ou, em casos extremos, são usados como suicidas ou guardas prisionais.

Em 15 de março de 2011, começavam os primeiros protestos contra o governo de Assad, que levaram a uma violenta repressão e depois à guerra civil. Desde então, o número de crianças vítimas da guerra vem só crescendo.

— Toda criança está marcada por uma vida com horríveis consequências sobre sua saúde, bem-estar e futuro — acrescentou Cappelaere.

Outro problema é a questão das minas. Crianças de todo o país estão em risco de sofrer lesões graves por brincarem perto de minas terrestres e fragmentos de munições. A remoção desses artefatos em áreas mantidas pela oposição tem sido severamente prejudicada pela falta de acesso de especialistas aos locais.

O futuro das crianças sírias fora do país também é preocupante: 2,3 milhões de crianças sírias são refugiadas em outras partes do Oriente Médio.

Na semana passada, a ONG Save The Children advertiu em um relatório que a guerra civil está provocando uma grave crise na saúde mental das crianças. Em meio a traumas, depressão e medo, a organização revelou que grande parte dos menores está sofrendo de estresse tóxico, estresse pós-traumático e situações extremas. Algumas delas chegam a condições extremas, como autoflagelação, tentativas de suicídio e até perda da fala.

Info - criancas sirias

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Artigo: Os verdadeiros inimigos, por Ricardo Rangel

O Brasil segue se digladiando em uma guerra ideológica sem ideias, brigando pelos motivos errados e combatendo falsos inimigos. É um enorme desperdício de tempo e de energia. Se conseguissem deixar o ódio de lado, direita e esquerda veriam que seus objetivos não são opostos, mas complementares, e que suas divergências não são irreconciliáveis.

A diferenciação tradicional entre esquerda e direita era que a primeira defendia o proletariado, por meio da estatização dos meios de produção, enquanto a segunda defendia os detentores privados dos meios de produção, isto é, a burguesia, e seus privilégios. Isso deixou de fazer sentido por completo. A sociedade se sofisticou, não conta mais com duas classes apenas, mas dezenas, centenas, com interesses os mais diversos. E a estatização dos meios de produção fracassou miseravelmente.

O socialismo foi tentado na URSS, na Europa Oriental, na China, na Mongólia, na Coreia do Norte, no Sudeste Asiático, em Cuba, em meia dúzia de países da África, e de várias maneiras diferentes. Não deu certo em lugar algum, e, em todos os casos, sem exceção, levou os países a ditaduras brutais e à catástrofe econômica. É surreal que alguém ainda o leve a sério.

A esquerda sabe que só existe liberdade na democracia liberal, e que só a iniciativa privada gera riqueza, mas, como não gosta desse fato, recusa-se a reconhecer sua existência. Também sabe que o partido-símbolo da esquerda no Brasil criou o maior esquema de corrupção de todos os tempos e levou o país à bancarrota, mas tampouco reconhece esse fato.

O Brasil é um dos países mais injustos do mundo, e o mercado não é perfeito, não é capaz de incluir a todos. A direita sabe que a principal bandeira da esquerda, o combate à injustiça social, é legítima, mas, como não gosta desse fato, recusa-se a reconhecê-lo.

Igualdade exige mais Estado, mas Estado grande demais implica pouco crescimento (e talvez até injustiça social, por conta dos maus serviços). Liberdade econômica exige menos Estado, mas Estado pequeno demais implica injustiça social (e talvez até pouco crescimento, por conta da baixa concorrência). Com boa vontade, não deveria ser difícil chegar a um acordo: um pouco mais para a direita, seríamos como os EUA; um pouco mais para a esquerda, seríamos como a França. Não chega a ser uma escolha de Sofia.

Em vez de brigarmos pelos motivos errados, deveríamos ser capazes de deixar nossas diferenças, que são pequenas, de lado e juntarmo-nos para combater o adversário comum: a real oposição não é entre direita e esquerda, mas entre avanço — democracia, livre mercado, apoio social — e atraso.

E o atraso está na direita obscurantista (machistas, misóginos, homofóbicos, racistas, defensores de intervenção militar, da ditadura e da tortura) como Bolsonaro, Crivella, Feliciano; a esquerda rasa e tosca que imagina que todos os ricos são igualmente calhordas (PCO, PSTU, PCdoB e boa parte do PT e do PSOL); Lula e sua curriola de cleptocratas sindicais; o Brasil feudal, encarnado por Renan, Sarney, Jader, Collor et caterva. São eles os verdadeiros inimigos.

* Ricardo Rangel é produtor de cinema e TV

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Número de 65 milhões de refugiados no mundo é superestimado, diz estudo (webremix.info)


Canadá recebe em 2017 mais requerentes de asilo vindos dos EUA

OTTAWA - O número de imigrantes que solicitaram status de refugiado no Canadá depois de cruzar a fronteira dos Estados Unidos aumentou desde o início de 2017, informou nesta quinta-feira a polícia fronteiriça. "O Canadá tem registrado um aumento no número de pedidos de asilo desde janeiro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado", anunciou a Agência de Serviços Fronteiriços do Canadá. De 1º de janeiro a 21 de fevereiro, um total de 4.000 pessoas solicitaram asilo, em comparação com os 2.500 que o fizeram no mesmo período em 2016. trudeau

O número inclui aqueles que cruzaram ilegalmente a fronteira e aqueles que chegaram através de postos dos Estados Unidos.

As autoridades canadenses evitam apresentar uma tendência com base em dados preliminares.

"Alguns candidatos passaram relativamente pouco tempo nos Estados Unidos" antes de vir para o Canadá, indicou um funcionário.

A maioria dos imigrantes vieram principalmente do Leste da África e de países devastados pela guerra, como a Síria.

A polícia e funcionários da imigração indicaram que alguns pareciam tentar desde o início vir para o Canadá depois de voar para os Estados Unidos com um visto de turista.

Outros tomaram a decisão depois de terem o pedido de asilo negado ou por temerem a deportação, em meio as severas políticas migratórias adotadas recentemente pelo novo governo de Donald Trump.

O total de solicitações no Canadá diminuiu de 44.000 em 2001 para 24.000 no ano passado. Calcula-se que cerca de 60% obteve asilo.

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Países mais pobres acolhem maior parte dos refugiados em 2016

GENEBRA — Países de renda média ou baixa abrigam a maior parte dos 3,2 milhões de refugiados que deixaram seus países no primeiro semestre de 2016, como aponta o novo relatório do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur). Segundo o documento, mais da metade das pessoas deslocadas por conflitos durante o período foi vítima da guerra na Síria — a maioria deslocada para países próximos como Jordânia, Líbano e Egito. De todos os países, a Turquia foi o que acolheu o maior número de refugiados, num total de 2,8 milhões de migrantes. A Alemanha foi o único europeu na lista das dez nações mais acolhedoras do mundo. Ela fica em nono, atrás de Turquia, Líbano, Irã, Etiópia, Jordânia, Quênia e Uganda, e a frente de Chade, no Centro-Norte africano. refugiados

Ainda que o número de deslocados na primeira metade de 2016 seja menor que os 5 milhões registrados no primeiro semestre de 2015, o alto comissário da ONU para os refugiados, Filippo Grandi, alertou que é preciso ver além das cifras para resolver a situação.

— A crise que enfrentamos hoje não é apenas de números, mas de cooperação e solidariedade. Principalmente porque a maior parte dos refugiados permanece em países vizinhos aos seus, devastados pela guerra — explica Grandi.

O relatório do Acnur compara o número de refugiados ao tamanho da população ou da economia dos países de acolhida, uma forma de mensurar a contribuição que tem sido dada por cada nação. Segundo o levantamento, o Líbano e a Jordânia abrigam o maior número de refugiados em relação ao tamanho de suas populações, enquanto a maior pressão em termos econômicos está sob o Chade e o Sudão do Sul, que não está na lista dos que mais acolhem. Levando em conta esta variante, oito dos dez países que acolhem o maior número de refugiados estão na África, enquanto os outros dois estão no Oriente Médio. Entre esses dez países, o Líbano e a Jordânia encaixam-se entre os “dez mais” de todas as categorias – números absolutos, contribuição econômica e comparação entre refugiados e população nacional.

Info - Paises Refugiados

Nem todos os refugiados cruzam fronteiras internacionais em busca de asilo. Segundo o relatório, 1,7 milhão de pessoas se deslocaram dentro de seus próprios países — número um pouco maior do que em relação aqueles que pediram abrigo a outras nações: 1,5 milhão.

O relatório do Acnur aponta ainda um aumento nos pedidos de reassentamento, dentro ou fora dos países de origem. No primeiro semestre de 2016, mais de 81,1 mil pessoas foram submetidas a programas deste tipo em 34 nações — número que ultrapassou a marca de 160 mil ao final do ano passado, o maior dos últimos 20 anos.

Além da Síria, o Sudão do Sul também chama atenção pelo crescente número de pessoas deixando o país por conta da guerra civil. A migração afeta países vizinhos, que acolhem os deslocados, como Sudão, Uganda, Quênia e Congo. Na metade de 2016, havia 854,2 mil refugiados do Sudão do Sul – um número oito vezes maior que há três anos.

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‘Sem a UE, seremos a Europa dos países nanicos’, diz historiador (webremix.info)


Papa Francisco diz que estuda possibilidade de viajar ao Sudão do Sul (webremix.info)


Papa Francisco diz que estuda possibilidade de viajar ao Sudão do Sul

O Papa Francisco disse neste domingo que está estudando a possibilidade de viajar ao Sudão do Sul, nação do leste da África que enfrenta fome e guerra civil. Francisco disse, em visita a uma igreja anglicana em Roma neste domingo, que bispos anglicanos, presbiterianos e católicos pediram a ele que visite o país "mesmo que seja só por um dia". [Leia mais...] (webremix.info)


Unidos de Vila Maria aposta em desfile sem nudez para levar o título

SÃO PAULO - Nem a miss bumbum 2017 Erika Canela teve licença para exibir seu principal atributo no Anhembi, na primeira noite de desfiles das escolas de samba do grupo especial. Passista da Unidos de Vila Maria, que emocionou a avenida com o samba enredo sobre os 300 anos da descoberta da imagem de Nossa Senhora Aparecida, Erika foi à passarela do samba de calça. Para se adequar aos preceitos religiosos, a Vila Maria evitou a nudez e aboliu erotismos. Também dispensou a tradicional figura da "rainha de bateria". Para a escola, rainha só a própria Nossa Senhora.

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Logo na abertura do desfile, a ala das baianas enchia os olhos dos foliões, com mulheres cobertas com o manto azul e a coroa dourada da santa. A estratégica paradinha da bateria fez ecoar pela passarela o refrão "ó senhora, ó senhora". Era como se todo o Anhembi estivesse em oração. Como exemplo dos milagres da padroeira do Brasil, a escola trouxe uma passista com perna mecânica para sambar. Ao final da participação, integrantes entregavam rosas ao público. A Vila Maria recebeu a benção da Igreja Católica, historicamente refratária à utilização de seus símbolos pelos carnavalescos e terminou seu desfile, luxuoso e sem falhas, como uma das favoritas a faturar o título de campeã.

Se a Vila Maria se esquivou de polêmicas e da nudez, a Unidos do Tucuruvi instalou o debate na passarela. Com o samba-enredo "Eu sou a arte: meu palco é a rua", a escola homenageou grafiteiros e pichadores da capital paulista. Corpos de mulheres nuas viraram telas para pichações, que também estavam presentes nos carros alegóricos. O tema tornou-se explosivo depois que, recém-empossado, o prefeito João Doria mandou apagar grafites dos muros da cidade e declarou guerra à pixação. O assunto foi escolhido como mote pela escola ainda em 2016, antes que entrasse na agenda política de São Paulo.

- Os grafiteiros eu aplaudo, os pichadores, não! - afirmou Doria, que foi embora do Anhembi antes que a Tucuruvi desfilasse. O prefeito deixou de ver a mistura de samba com arte de rua apresentado pela agremiação. Monociclo, trapezistas, bailarina pendurada pelos cabelos, motociclistas no Globo da Morte eram algumas das atrações da Tucuruvi.

A Tom Maior, vice-campeã do grupo de acesso no ano passado, conseguiu roubar do tradicional bloco Galo da Madrugada, no Recife, a cantora Elba Ramalho. Elba desfilou carregada em um andor enquanto a escola toda sambava em sua homenagem.

- Recife eu tenho há muitos e ainda terei por muitos outros, mas isso é algo único, eu tinha que vir. Estou muito emocionada - disse, ainda na concentração, com dificuldade para conter as lágrimas.

Embora os integrantes da escolas tivessem o samba bem decorado, a apresentação da escola teve ao menos uma falha grave. A cabeça de uma escultura de cavalo, acoplado a um dos carros alegóricos, desmontou e atravessou o Anhembi pendente. A agremiação também pode perder pontos na evolução, já que o segundo carro enguiçou no momento de entrar.

A Mocidade Alegre fez uma homenagem a si mesma, pelos 50 anos da agremiação. O samba enredo, no entanto, não empolgou o público. Os carros Alegóricos e fantasias, porém, tinham acabamento impecável.

Quarta escola a se apresentar, a Acadêmicos do Tatuapé, vice-campeã do ano passado, levantou o público com suas longas paradinhas da bateria. O samba enredo "Mãe África" foi rapidamente assimilado pelas arquibancadas. A fina garoa que começou no fim da passagem da Tatuapé não ofuscou o brilho da escola.

A Gaviões da Fiel pintou de preto e branco as arquibancadas. Antes da entrada da escola, um integrante distribuiu bandeiras à plateia. A Gaviões trouxe carros grandiosos ao desfile, com muitos efeitos especiais, para contar a história dos migrantes que ganharam a vida em São Paulo. No abre-alas, o gavião símbolo da escola abria as asas sobre o Anhembi. A agremiação, no entanto, apresentou uma série de problemas com suas fantasias. Uma passista destaque de solo chegou a arrumar o enfeite de penas das costas em frente aos jurados desse quesito e outra destaque de carro alegórico teve problemas nos calçados e passou parte do desfile sentada no chão da alegoria.

A chuva ameaçou atrapalhar o espetáculo, mas parou uma hora antes da entrada da primeira escola. As arquibancadas demoraram a encher, mas pouco depois da meia-noite já estavam bastante ocupadas. Havia previsão de mais chuva no fim da madrugada, mas amanheceu com sol entre nuvens para iluminar a última escola da noite: a Águia de Ouro.

Ao completar 40 anos, a Águia decidiu homenagear os animais de estimação, reais ou animados. Uma ala inteira vestida de cachorro passou pela avenida rolando. As baianas vieram de Cruella, a vilã de 101 dálmatas. São Francisco foi lembrado como o santo protetor dos pets. O desfile das escolas terminou sem incidentes.

(webremix.info)


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