Viagens e Turismo na África e às Antilhas

Notícia : Viagens e Turismo na África e às Antilhas

Sobrinho de Lula teria recebido US$ 200 mil da Odebrecht sem prestar serviço, diz Emilio

BRASÍLIA – O empresário Emílio Odebrecht, dono da empresa que leva seu nome, disse em delação premiada que Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, recebeu “cerca de 200 mil dólares” da empreiteira em Angola sem ter prestado nenhum serviço em troca. Segundo o delator, a empresa de Taiguara foi contratada a pedido de Lula para prestar serviço para a Odebrecht no país africano. Depois de uns meses de trabalho, com a crise do petróleo na Angola, as oportunidades diminuíram para Taiguara e ele resolveu escreveu uma carta ao ex-presidente para reclamar da situação. Emílio soube da carta e logo providenciou um adiantamento para o sobrinho, por “serviços futuros”. Sobrinho Lula

No depoimento, o patriarca da empresa não especifica se os serviços foram de fato prestados no futuro. O delator também não soube dizer como era feito o pagamento. Mas disse que tudo ficava a cargo de Alexandrino Alencar, o executivo da Odebrecht que também era encarregado de acompanhar Lula em viagens para a África. Foi o mesmo executivo que teria recebido a carta de Taiguara.

— Teve uma vez que o próprio Taiguara fez carta para o Lula e entregou para o Alexandrino, de que ele estava insatisfeito, porque estava com pouco serviço, e de como o Lula poderia nos pedir para que aumentasse o serviço. Alexandrino disse que não tinha mais serviço mesmo lá em Angola, em função da redução do preço do petróleo, e que ele tinha uma forma de minimizar a situação. Ele (Taiguara) não estava saindo por falta de competência, de preço ou de qualidade, mas porque tinha diminuído sensivelmente o que ele fazia. Houve a negociação de valor de serviços futuros, para minimizar o momento da crise financeira — revelou em depoimento, completando:

— Se eu não me engano, (Taiguara) recebeu algo acima de uns 300 mil reais. Cerca de 150, 200 mil dólares, é bem possível que seja por aí.

Ainda segundo o delator, a contratação da empresa de Taiguara foi um pedido expresso de Lula a Alexandrino – que, por sua vez, pediu autorização ao dono da empresa para fazer o contrato e recebeu o aval dele.Taiguara é filho do irmão da primeira mulher de Lula. Emílio não soube precisar a atuação da empresa dele, disse apenas que era algo “ligado à área de engenharia energética”. Também não soube dizer quanto o sobrinho do ex-presidente faturou durante o tempo que prestou serviço efetivamente.

— Numa viagem dessa para o exterior, Lula falou com o Alexandrino: “olha, eu tenho um sobrinho, que tem uma sociedade em Portugal, com um sócio português, e, se vocês puderem dar uma oportunidade de trabalho…” — relatou Emílio Odebrecht.

O empresário afirmou no depoimento que a Odebrecht dá “oportunidade a qualquer pedido, seja de político, de setor público, seja de privado, seja lá o que for, a não ser que a gente não tenha mesmo”. Mas, depois de 90 dias, se o serviço não for prestado, ou se não houver qualidade no trabalho, a pessoa ou a empresa é desligada da companhia. De acordo com Emílio, a empresa de Taiguara prestou serviço em Angola por cerca de um ano e meio porque tinha qualidade.

— Eu tinha quem cobrasse isso, tinha um responsável pelos resultados. Ele (Alexandrino) jamais ia fazer um contrato de prestação de serviço que não tivesse retorno pra ele. Se não tivesse, ele (Taiguara) seria colocado pra fora e eu saberia. Se não foi colocado pra fora, é porque ele teve algum serviço que foi útil para o pessoal no empreendimento. É um contrato como qualquer outra empresa. A oportunidade pode e deve ser dada.Agora, ele só continuará, seja pedido de emprego ou trabalho para pessoa física, ou contratação de pessoa jurídica, se tiver condições de fazer com qualidade e competitividade — afirmou o delator.

Apesar da situação, o patriarca da empresa esbanja bom humor no depoimento. Disse que recebe muita ligação de político reclamando o desligamento de pessoas recomendadas por eles. Recebe, não. Recebia. Porque agora, está impedido pela justiça de usar o telefone.

— O senhor não pode imaginar algumas telefonemas que a gente recebe de político. Hoje em dia mais não, porque a gente tem sido mantido mais bloqueado (risos). Mas no passado. Porque 90 dias o pessoal tinha autorização (para ser contratado). Não deu no couro, rua. Aí eu recebia telefonema, e-mail, reclamações de tudo quanto é natureza — contou.

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Marcelo Crivella comenta estado de saúde: ‘Deus tem me ajudado muito’

RIO - O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, comentou sobre o seu estado de saúde na manhã deste sábado. Diagnosticado com tumor na próstata, o político confirmou que já está em tratamento contra a doença:

— Estou muito bem, graças a Deus. O Senhor Deus tem me ajudado muito. Tenho feito tratamento, mas estou muito bem.

De acordo com a assessoria do prefeito, não há previsão de que ele entre de licença médica. O tumor tem dois milímetros e existem várias alternativas de tratamento, ainda segundo com os assessores de Crivella. Caso seja necessário fazer uma cirurgia, o tempo de recuperação é de apenas uma semana.

A declaração foi dada em um evento de vacinação contra febre amarela nesta manhã, em um posto de saúde em Realengo, na Zona Oeste do Rio. No local, Crivella disse que já se vacinou contra a doença, por fazer várias viagens missionárias para a África. O prefeito também comentou sobre a nova escala da Guarda Municipal, que passa a ser de 12 por 60 horas:

— Não vamos tirar ninguém das ruas. Na verdade, fizemos uma escala, em que parte do efetivo passou a trabalhar no período de 12 por 60 e, outra parte, de 12 por 36 horas. Os guardas com mais tempo de serviço ficaram com o tempo de folga maior. Também estamos criando uma forma para cobrar as folgas deles em algumas ações especiais que estamos planejando. Crivella fala sobre estado de saúde

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Um em cada cinco casos de tuberculose é resistente a tratamento

LONDRES — O aumento dos casos de tuberculose resistente a tratamentos ameaça décadas de progresso no controle dessa doença contagiosa, alertaram especialistas nesta quinta-feira. A estimativa é que um em cada cinco pacientes é infectado por bacilos imunes a ao menos um medicamento; e um em cada 20, por bactéria multirresistente, capaz de sobreviver a mais de uma droga.

LINKS TUBERCULOSE

A tuberculose é a doença infecciosa que mais mata no mundo, superando até mesmo a temida AIDS. Apenas em 2015, foram 1,8 milhão de mortos, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. Apesar de novas drogas com potencial para combater cepas resistentes estarem surgindo, especialistas alertam que sem o diagnóstico correto, rastreamento dos casos e protocolos de tratamento, a efetividade desses medicamentos pode ser perdida rapidamente.

— A resistência a drogas contra a tuberculose é um problema global que ameaça os esforços para erradicação da doença — disse à Reuters Keertan Dheda, professor da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, que coliderou estudo publicado no periódico “Lancet Respiratory Medicine”. — As taxas de cura para tuberculose resistente são baixas, e as pessoas podem continuar infectadas.

A tuberculose é uma infecção bacteriana normalmente tratada com uma combinação de antibióticos, mas o uso excessivo dessas medicações em todo o mundo provocou o surgimento de “superbactérias”, cepas imunes ao tratamento. A maior ameaça é de bacilos multirresistentes, imunes a duas drogas essenciais de primeira linha, isoniazida e rifampicina, ou mesmo a fluoroquinolonas e outros fármacos de segunda linha.

TRANSPORTE PELA MIGRAÇÃO

Cerca de metade dos casos globais de tuberculose multirresistente se concentra na Índia, China e Rússia, mas a migração e as viagens internacionais transportaram essas cepas para praticamente todo o mundo. David W Dowdy, especialista na doença na Escola de Saúde Pública da Johns Hopkins, nos EUA, alerta que na próxima década “é bastante possível que nós veremos uma epidemia de tuberculose multirresistente de escala global sem precedentes”.

— A diferença para esse resultado está menos com o patógeno e mais com a vontade política de se priorizar (o combate à doença) — disse Dowdy. — A tuberculose multirresistente não está parada, e nós também não podemos ficar.

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Pedro Andrade encara intoxicação alimentar e esgoto em gravação

RIO - O carioca Pedro Andrade precisou superar uma intoxicação alimentar no México, o calor insuportável do verão do Sudeste Asiático e, como se fosse pouco, entrou ainda no esgoto (ele não conta onde para não estragar a surpresa) durante as gravações da segunda temporada de “Pedro pelo mundo”. Exibido pelo GNT, o programa volta nesta segunda, dia 6, às 22h30m, em dez episódios, com a missão de “abordar o mundo em que a gente vive de maneira autêntica”, nas palavras do apresentador. Links TV 05_03

— O mercado de programas de viagens está saturado. Desde o início, a proposta era visitar lugares que estão passando por transformações irreversíveis, sempre focando o aspecto humano das mudanças. Não tenho como meta sugerir destinos, dar dicas ou ajudar no planejamento de uma possível aventura — esclarece.

Pedro viajou para lugares como México (destino do programa de estreia), Camboja, Japão, Alemanha, Coreia, África e Portugal para gravar a nova temporada. Durante a jornada, comeu pela primeira vez tarântulas, sopa de cobra e até feto de pato. Experimentar o desconhecido não é um problema para o apresentador, que se diz um privilegiado por conhecer o mundo a trabalho.

— Minha avó sempre disse que o bom viajante viaja antes, durante e depois. Até fazer as malas é uma delícia.

Para ele, o melhor de uma viagem é o autoconhecimento que ela pode proporcionar, “se estivermos abertos a isso”, destaca. Pedro garante não se estressar nem mesmo quando as coisas saem do roteiro previsto:

— Parte do programa depende dos imprevistos. O telespectador não tem mais interesse numa postura perfeita, sempre polida. Se alguma coisa “dá errado”, a gente imediatamente incorpora aquilo no roteiro e surfa naquela situação. Se eu como algo que detesto, sou verdadeiro em relação ao que estou sentindo. A vida é assim. Às vezes pessoas nos decepcionam. Frequentemente lugares nos surpreendem, e quase sempre a nossa reação é infinitamente mais importante que a nossa ação.

Desta vez, o carioca voltou com novas e marcantes paisagens gravadas na memória:

— Os templos do Camboja, a planície de sal de Botswana e o cruzamento mais lotado do mundo, o Shibuya (no Japão) foram inesquecíveis.

ELEMENTOS EXÓTICOS

Para o apresentador, gravar “Pedro pelo mundo” exige grande entrega emocional. Ele conta que a escolha dos países visitados foi elaborada em etapas.

— Antes de mais nada, me sento com os diretores (Tatiana Issa e Guto Barra) para discutirmos ideias. Sempre levamos em consideração as mudanças locais de cada lugar.

O passo seguinte, diz, é pesquisar e detalhar melhor as pautas. Após tudo isso, a proposta com os destinos é apresentada ao GNT.

— É importante equilibrar a temporada para que as histórias não fiquem repetitivas. Tentamos incluir elementos mais exóticos, lugares aparentemente perfeitos, porém cheios de problemas, cidades urbanas, regiões muito isoladas...

E o que fica após visitar 20 países para o programa?

— Apesar das paisagens inesquecíveis e das aventuras, o que efetivamente muda a minha vida são os encontros que as experiências proporcionaram.

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Refugiados viram professores em curso de idiomas no Rio

RIO - Um jovem sírio escreve no quadro 28 letras incompreensíveis para um ocidental leigo. Explica que em árabe não existe som de "p", e que aquela escrita, feita da direita para a esquerda, é muito antiga. Na sala ao lado, um venezuelano ensina quando usar "usted" (senhor) ou "tú" (tu) para se dirigir a alguém em espanhol. E sugere aulas de arte pré-colombina ou salsa para imergir na cultura latina. São muitas línguas num mesmo ambiente: Hadi Bakkour e Gustavo Martínez são professores num curso de idiomas que cresce no Rio e em São Paulo com aulas dadas exclusivamente por refugiados ou solicitantes de refúgio no Brasil.

As vidas do sírio Hadi e do venezuelano Gustavo, antes separados por 11 mil quilômetros, se cruzaram na ONG Abraço Cultural no Rio. Além deles, há colegas haitianos, congoleses... A aposta é que, além de idioma, haja também troca de experiências culturais. Hadi, de 22 anos, gosta de levar música e referências de teatro - ele estuda Direção Teatral na UFRJ. Gustavo, de 28, comenta sobre comida, literatura latino-americana. Em comum, todos aprenderam a chamar o Brasil de casa.

- Não saí do meu país em busca de riqueza. Vim porque queria trabalhar e ter algo de liberdade - conta Gustavo, há cerca de dois anos no Rio. - O pior foi quando me dei conta de como a política se apropriava da sociedade venezuelana. Inclusive no meu trabalho. Eu dava aulas em escolas e queriam que eu usasse textos que falavam do governo.

Acolher, palavra poliglota: Refugiados viram professores em curso de idiomas no RioGustavo chegou ao Rio com um amigo. Para sair da Venezuela alegou que faria turismo no Brasil, mas não voltou mais a seu país. No Brasil, entrou com um pedido de refúgio. Para trás ficaram mãe, irmãs, amigos.

- Tento sempre me comunicar com eles, e tenho medo do que possa acontecer com a minha família. Existe racionamento de comida, e o governo tem o controle de tudo. Cada vez a porta se fecha mais. Quando cheguei não havia tantos venezuelanos vindo pro Brasil. Hoje são muitos. Por que será? É claro que algo de errado acontece no meu país - diz Gustavo.

Hadi saiu de Aleppo há três anos. Diz que a intensificação da guerra civil, no início afastada da sua cidade, alarmou sua família. Veio com o irmão para o Rio, onde já tinha uma meia irmã, fruto do primeiro casamento do pai.

- Meu irmão e eu estávamos em idade para prestar o serviço militar. A família ficou com medo. Já não dava para frequentar a faculdade, as ruas estavam perigosas - conta. - Meu pai e minha mãe tentaram morar aqui também, mas não se adaptaram. A vida da mulher é mais restrita na Síria. Para minha mãe tudo que ela tem é sua casa, suas memórias. Ela não quis deixar isso.

No Rio, Hadi e Gustavo aprendem, ensinam e se divertem com as diferenças.

- Uma das palavras que mais gosto em português é "cara". E "caraca". A primeira vez que ouvi a gíria falei: 'Mas é a capital do meu país!'. E falo muito 'cara'. Dizem que já sou quase um carioca - brinca Gustavo.

Hadi aprendeu português com amigos, e treina mais no curso de Direção Teatral, uma paixão que descobriu no Brasil.

- Os brasileiros gostam de ensinar e corrigir as palavras, sem serem rudes. A palavra que eu mais gosto em português é 'amor'. Mas não pelo jeito que se fala, e sim pelo que representa. Aprendi a amar mais aqui - explica Hadi.

Os dois pensam em voltar para seus países, mas não fazem planos a curto prazo. Sonhos eles têm.

- Muitos dos problemas da Síria poderiam ver solução no Brasil, que é mais aberto. E muitos problemas do Brasil poderiam ser resolvidos com inspiração na Síria, que é mais fechada. Um dia ainda vou fazer uma peça que una as duas culturas. Acho que ainda vou viajar por muitos países com isso - diz Hadi.

- Quero voltar um dia para a Venezuela, mas na situação atual não vejo como. Se volto de repente iria até pra cadeia, ou não conseguiria desempenhar meu trabalho de professor. O governo sabe que quem sai do país conta as verdades sobre o que acontece lá - diz Gustavo. Mas a História da humanidade mostra que nada é para sempre. Isso um dia vai mudar. Tenho esperança. Existe sempre uma luz no fim do túnel. Falam assim também em português, não é?

Novas turmas em março

As aulas de idiomas com refugiados começaram em São Paulo no meio de 2015, encabeçadas pela ONG Atados, e depois assumido por seu braço nessa empreitada, a ONG Abraço Cultural. A ideia chegou ao Rio em março do ano passado. Começaram com duas salas e oito turmas, com oito professores. Todos os horários encheram.

- Eles carregam a cultura dos países de onde vêm. Então por que não aproveitar a ideia e juntar cultura e língua, em um ambiente de integração para refugiados e alunos? Eles recebem salários, se destacam como professores. E mostram como são seus países, que normalmente não têm tanto destaque em cursos tradicionais - explica Tatiana Rodrigues, coordenadora da Abraço Cultural no Rio.

Hoje são 14 professores. E a previsão é que haja ao menos 25 turmas para o início do novo semestre de aulas, agora em março. O material didático, incluído no valor do curso, ressalta a variedade de culturas. No de francês, por exemplo, a África é destaque.

- A experiência tem sido excelente, tanto dos professores como dos alunos, que avançam nos módulos do curso, e indicam para amigos, parentes. Sem contar que são aulas acessíveis e diferentes - diz Tatiana. - Alguns alunos chegam sem saber o que significa ser um refugiado. A sociedade tem que conhecer que eles vieram fugidos de guerras, de perseguições. Não tiveram opção.

Ficou curioso? Mais informações em http://abracocultural.com.br

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Onde, como e por que tomar a vacina contra febre amarela (webremix.info)


Fotógrafo americano registra um dia inteiro numa única foto (webremix.info)


Artigo: Mário Soares, uma vida com marcas além mares (webremix.info)


Costa do Marfim: presidente anuncia acordo para encerrar motim no exército (webremix.info)


Cai número de cruzeiros no Ano-Novo do Rio (webremix.info)


Dez roteiros por quatro continentes: as viagens mais marcantes de 2016

RIO - Do contato com índios da tribo wazare, em Parecis, no Mato Grosso, ao convívio com monges budistas nas montanhas do Japão. Do Velho Oeste americano a um cruzeiro pelo Mediterrâneo, que nos levou da Itália à Grécia. Ainda na Ásia, destacamos o Vietnã. E, da África, as Ilhas Seychelles. Ao longo de 2016, voltamos a correr o mundo para produzir diferentes roteiros para o Boa Viagem. E, para fechar o ano, resolvemos contar a vocês, leitores, quais foram os lugares que mais nos marcaram. Esperamos que aprovem nossas escolhas. Um ótimo 2017!

Dez viagens que marcaram 2016

Abaixo, clique nos links e leia as reportagens na íntegra:

Turismo indígena leva a aldeias dos parecis em Mato Grosso

Flórida Keys: a travessia em uma estrada sobre o mar

Observar a aurora boreal, na Noruega, dá prazer e satisfação

Itália e Grécia: Beleza feita de pedra

Japão oferece experiências em cidades modernas, históricas e sagradas

Nos arredores de Las Vegas, um mergulho no Velho Oeste

Halong Bay: cenário deslumbrante para cultura milenar

Seychelles combina um povo multiétnico, praias azuis e luxo

Tequila e mariachis em Guadalajara, onde o México é mais autêntico

Obras de Miró, Gaudí e museus como o do Design traduzem Barcelona

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Israel reduz relação com países após voto na ONU contra assentamentos

JERUSALÉM — A chancelaria israelense afirmou nesta terça-feira que reduziu suas relações com países que votaram a favor de uma resolução da ONU contra os assentamentos nos territórios palestinos ocupados, estendendo a retaliação a Angola. Refutando informações segundo as quais as relações com estes países foram suspensas, o porta-voz do ministério do Exterior de Israel, Emmanuel Nahshon, declarou que o país tinha reduzido temporariamente visitas e trabalhos com as embaixadas em questão. Em um desafio às Nações Unidas, a prefeitura de Jerusalém sinalizou que pretende aprovar na quarta-feira a construção de mais 600 casas na parte oriental predominantemente palestina, que deverão ser as primeiras de um conjunto de 5.600, de acordo com o jornal “The New York Times”. Israel

— Até nova ordem, vamos limitar nossos contatos com as embaixadas em Israel e evitar os movimentos das autoridades israelenses nestes países e a vinda de seus líderes — disse à AFP, em referência aos países membros do Conselho de Segurança que votaram na sexta-feira em favor da resolução da ONU.

Em represália, Israel retirou seus embaixadores na Nova Zelândia e em Senegal e cancelou seu programa de ajuda neste país da África Ocidental. Nesta terça-feira, Israel também informou Angola sobre o congelamento de seu programa de ajuda, segundo Naasson. De acordo com a CNN, Israel teria suspendido os laços de trabalho com as embaixadas de 12 membros do Conselho de Segurança da ONU que votaram a favor da resolução.

— Os países não podem vir a Israel para aprender sobre combate ao terrorismo, ciberdefesa, tecnologias agrícolas, e, em seguida, fazer o que quiserem na ONU — declarou à rádio militar a vice-ministra das Relações Exteriores, Tzipi Hotovely.

Contudo, ela lamentou que com o cancelamento das viagens de líderes estrangeiros, Israel pode perder a oportunidade de explicar a sua posição.

Segundo a imprensa israelense, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que também oficia como ministro das Relações Exteriores, pediu a seus funcionários que reduzam o tanto quanto possível suas viagens aos países que votaram a favor da resolução.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou a medida na sexta-feira, depois dos Estados Unidos se absterem, não usando seu direito a veto em apoio ao seu aliado mais próximo no Oriente Médio. Trata-se da primeira resolução a ser adotada desde 1979 para condenar Israel por sua política de assentamentos.

A resolução exige que “Israel cesse imediata e completamente os assentamentos nos territórios palestinos ocupados, incluindo Jerusalém Oriental”.

Representantes dos países membros do Conselho de Segurança que votaram a favor do texto, bem como o embaixador dos Estados Unidos, foram convocados no domingo ao ministério das Relações Exteriores de Israel para esclarecimentos.

Pelo menos duas viagens foram canceladas ou adiadas até o momento, incluindo a prevista para esta semana em Israel do primeiro-ministro da Ucrânia.

Há também relatos de que Netanyahu cancelou uma reunião com a primeira-ministra britânica Theresa May no Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), em janeiro, mas isso não foi confirmado por fontes oficiais.

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China retoma laços com São Tomé e Príncipe, em mais uma vitória sobre Taiwan (webremix.info)


Economia compartilhada: a quem recorrer em caso de problema?

SÃO PAULO - O consultor em tecnologia Diego Fornazier Gozer passou quatro meses na África do Sul entre o fim de 2015 e o início de 2016. Usar plataformas de compartilhamento de serviços foi sua opção para gastar menos e ficar mais próximo da vida real das cidades. O que parecia o plano perfeito, porém, caiu por terra no último dia da viagem: a casa em que estava, na Cidade do Cabo, foi roubada. Gozer tomava banho no momento do furto e seus dois computadores e o dinheiro foram levados.

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Ele havia alugado uma das quatro suítes disponíveis, oferecidas por meio do Airbnb. Era a terceira semana do jovem naquela casa. Sua passagem de volta estava marcada para aquela noite. Ao constatar o roubo, registrado pelas câmeras de segurança da residência, foi à polícia local e registrou a ocorrência.

— De lá fui para Nova York. E escrevi para o Airbnb pedindo o reembolso do valor que havia pago na hospedagem, anexando o boletim de ocorrência e a nota fiscal de um dos computadores, que eu havia comprado na África do Sul — conta Gozer.

Foram três semanas de espera para ter a primeira resposta da plataforma. Gozer diz acreditar que só conseguiu um retorno depois de começar a postar seu problema nas redes sociais, bem como em reportagens sobre o Airbnb.

— Veja minha situação: eu estava em Nova York, o proprietário do imóvel, na África do Sul, e a sede do Airbnb, na Irlanda. Não via possibilidade de recorrer a um método tradicional, como a Justiça, para resolver essa questão — diz.

Passados alguns dias, e após a tentativa sugerida pelo Airbnb de solucionar o caso diretamente com o proprietário ter fracassado, a plataforma reembolsou o valor da hospedagem (R$ 2.714) e ainda concedeu um bônus de US$ 645 para Gozer usar em outra locação pelo site.

‘É PRECISO A MESMA ATENÇÃO DE SEMPRE’

Tentar resolver diretamente um problema costuma ser a melhor alternativa quando se trata de plataformas de compartilhamento. Essa é a opinião de especialistas, como Ricardo Morishita, ex-diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC). Para ele, a dificuldade de se recorrer a métodos tradicionais, como Justiça e os Procons, pode não ser um problema assim tão grave.

— Você pode ir à Justiça contra uma plataforma on-line que presta esse serviço e poderá ter sucesso. Mas resolver diretamente com a pessoa que fez negócio ou com o intermediador, que no caso desse consumidor era o Airbnb, é bem eficaz — pondera Morishita.

Ele lembra ainda a importância das avaliações e comentários deixados pelos usuários, que, em sua opinião, funcionam como uma espécie de regulador desse tipo de plataforma. Perguntado sobre o que aconselharia ao consumidor que planeja usar serviços de compartilhamento em uma viagem, Morishita é direto: é preciso ter a mesma atenção de quando se contrata um hotel ou se faz uma compra física.

— O consumidor precisa observar se não há reclamação, comparar os preços disponíveis, verificar a opinião de outros consumidores, checar qual a declaração que a empresa faz de como ela funciona. Ou seja, tudo como numa contratação normal. É preciso ter a mesma atenção de sempre — explica.

O Airbnb ressalta que mantém uma Central de Resoluções, no link www.airbnb.com.br/resolutions, para que os usuários registrem suas solicitações. E informa ter uma equipe global de mais de 250 pessoas, disponível em todos os fusos horários, 24 horas por dia, através de e-mail, telefone ou atendimento on-line.

Usuário assíduo e defensor ferrenho das plataformas de compartilhamento, o empresário paranaense Ismael Pereira conta que, desde que conheceu algumas das plataformas disponíveis no Brasil e no mundo, nunca mais recorreu a hotéis ou aluguel de carros.

Ele viaja sempre de Curitiba para São Paulo e Rio a trabalho. Há alguns anos, ia de carro ou ônibus. Até que descobriu o BlablaCar, plataforma criada na França e que hoje funciona em outros 22 países, incluindo o Brasil. A essência do serviço é economia compartilhada, já que o site não ganha nada por intermediar as caronas.

— Quando preciso fazer um viagem, entro no site e busco os anúncios de outros usuários. De Curitiba para São Paulo, eu gastaria, sozinho, R$ 200 com combustível e pedágio. Mas, por meio da plataforma, se eu tiver mais três passageiros, ganho R$ 150, ou pago R$ 50 se entrar no carro de outro. É ratear a despesa, isso é o futuro — conta Pereira, que já criou sua própria plataforma de compartilhamento, a bookshare.com.br, de empréstimo de livros, que funciona em países de língua portuguesa.

Para escolher uma boa carona ou um bom local para ficar nas férias, Pereira segue à risca os conselhos de Morishita: pesquisa sobre a plataforma e a maneira como trabalha, analisando o usuário por meio das avaliações e comentários de outros consumidores.

— A alma desse tipo de consumo são os comentários e avaliações. Sempre que concluo o uso de um compartilhamento, deixo minha opinião.

Os serviços compartilhados fazem parte do conceito de economia colaborativa, que cresce no mundo com força. Para se ter uma ideia, o Brasil já é o líder entre os mercados latino-americanos em iniciativas de serviços compartilhados, segundo um relatório da IE Business School, feito em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Essa modalidade fez tanto sucesso que, hoje, é possível encontrar apartamentos particulares por temporada em plataformas de hospedagem mais tradicionais, que também trabalham com hotéis.

Helio Mattar, diretor presidente do Instituto Akatu, garante que esse é um caminho sem volta, tanto pela comodidade oferecida ao consumidor quanto pelos menores preços e a ascensão do chamado consumo consciente:

— Mo caso de você estar alugando um quarto na casa de uma família e ter contato com essa família, que é local daquele país, é uma experiência extracultural. O consumidor também vem tentando buscar mais significado para suas viagens e para seu tempo.

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Festas sofisticadas ou informais movimentam o réveillon da região da Barra

RIO — É quase hora de dizer adeus a 2016. E, para que a despedida seja em grande estilo, escolher o lugar certo para presenciar a chegada do novo ano é fundamental. Este ano, a Barra e os bairros vizinhos oferecem festas nos mais diferentes formatos. Há desde jantares por R$ 300 até eventos com convites que chegam a R$ 1.400. Restaurantes, boates, hotéis e quiosques vão se transformar em locais de comemoração, cada um com uma proposta e foco em um público distinto.

réveillon 20/12

À meia-noite do dia 31, o céu da Barra e do Recreio será iluminado com uma queima de fogos de artifício promovida pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ), com o apoio da Riotur, em dez pontos diferentes.

A data será um marco para empreendimentos recém-inaugurados, como o hotel Grand Hyatt Rio de Janeiro. O cinco estrelas, aberto no final de março, na Praia da Reserva, promete uma comemoração completa para os públicos brasileiro e estrangeiro. Os convidados podem comprar o pacote que dá direito à festa e à ceia. O início será na área da piscina, com um coquetel, às 20h.

O jantar especial foi elaborado com a proposta de mesclar tradições locais a rituais de outras culturas. Para tanto, os chefs dos restaurantes do hotel, Leandro Minelli, do Tano Cucina Italiana; e Miriam Moriyama, do japonês Shiso; trabalharam na criação de um menu harmônico, que pudesse integrar as duas cozinhas e pratos típicos da ceia brasileira. A diretora de experiência do cliente, Mariana Nunes, salienta que a equipe pretende oferecer novidades para o público, composto, em sua maioria, por brasileiros, argentinos e americanos:

— No Rio se faz uma ceia que visa ao público internacional, com pratos que são típicos de uma ceia tradicional. Essa é nossa oportunidade de mostrar a cara do Grand Hyatt. Estamos com uma grande expectativa, por ser nosso primeiro réveillon aqui.

A aposta dos chefs é em pratos temperados pela crença de que atraem fortuna quando degustados na virada do ano. Leandro Minelli, do Tano, traz um alimento conhecido entre os brasileiros: a lentilha será apresentada na ceia à moda italiana, complementando o bufê ao lado de massas, risotos e queijos artesanais, entre outras iguarias.

— A lentilha cozida com legumes é um prato tradicional para a virada do ano na Itália. A diferença em relação ao preparo brasileiro é que ela é cozinhada com cenoura, aipo, tomate e cebola. Aqui se usa paio ou linguiça — diz Minelli.

Já na terra do sol nascente come-se o toshikoshi soba para se despedir do ano em curso e saudar a chegada do novo, pouco antes de o dia clarear. O macarrão, preparado no Shiso, faz parte da receita do Hyatt para garantir o sucesso.

— O macarrão de trigo sarraceno (soba) atrai prosperidade quando consumido na véspera do ano novo — diz a chef Miriam Moriyama. — Usamos também o mochi, um bolinho de arroz glutinoso, consumido no ano novo para trazer fartura.

A festa, marcada para as 23h no Grand Ballroom, terá um clima mais carioca e adianta o carnaval com o Monobloco, que vai tocar clássicos do samba e do pop e marchinhas. O DJ Pachu é outra atração, com sets de estilos variados. O público ainda vai contar com um menu que harmoniza com as opções do open bar. Localizado na Avenida Lucio Costa, o hotel está entre a Praia da Barra e a Lagoa de Marapendi, onde será realizada a queima de fogos. O público poderá acompanhar o momento das varandas.

A ocupação dos quartos chegou a 60% no início do mês, com reservas, em média, de seis noites, no caso de turistas estrangeiros; e duas, no de brasileiros. A gerente de marketing e comunicação do Grand Hyatt Rio de Janeiro, Ana Carolina Trope Taunay, aposta que a procura dos cariocas pelo evento mostra que eles estão em busca de novas alternativas, mas que mantenham a cultura da cidade.

— Na nossa festa, queremos entregar uma proposta que possa atender dois públicos, o morador do Rio e quem é de fora. A ideia da festa é ser um réveillon tipicamente carioca. Estamos tentando transmitir um pouco do que é essa cultura não só na queima de fogos, mas nos menus que elaboramos e nas surpresas que colocaremos nos apartamentos — diz Ana Carolina, destacando que espera que o hotel seja inserido no calendário da região. — O mercado da Barra costuma trazer novas propostas, novas tradições. Acho que somamos às opções de lazer.

Outra debutante na virada do ano é a festa Réveillon Rio Maravilha 2017, a primeira do gênero no Hotel Royal Tulip, em São Conrado. A festa começará às 21h e se estenderá até as 6h. Minutos depois da virada do ano, o palco montado no salão nobre receberá a energia da cantora Anitta, que desfiará seus hits. Entre as atrações do evento, que terá camarotes operados pela boate All In, estarão também o projeto F***k the Format, o DJ Jeff Tavares e a dupla sertaneja carioca Ugo e Bruno.

— Vamos trazer para o show as músicas mais executadas nas rádios do país atualmente. Por ser uma festa de réveillon, estamos priorizando as músicas mais agitadas. Mas, em se tratando de sertanejo, não podemos deixar de lado a famosa sofrência — diz Bruno.

Para quem deseja pular as tradicionais sete ondas na praia durante a virada, a organização do Rio Maravilha garante o retorno aos salões do hotel com pulseiras de identificação.

OUTROS RÉVEILLONS

Enquanto a expectativa ronda os estreantes, a região tem lugares conhecidos pelo público de outros réveillons. São lugares que apostam num público que prefere curtir a festa próximo de casa e busca espaços que possam receber toda a família. De maneira geral, os convivas da festa são os os mesmos do cotidiano das casas.

Longe de queimas de fogos de artifício e de artistas do momento, mas com animação, o Espaço Don, em Vargem Grande, convida os clientes a comemorarem o primeiro dia do ano assistindo a uma soltura de balões de gás nos jardins. O restaurante, em funcionamento desde 2012, comemora seu quarto ano novo com uma festa que começa às 21h. A equipe espera receber o público cativo, em grande parte responsável por esgotar o primeiro e o segundo lotes de ingressos.

Por receber famílias, a maioria delas com crianças, haverá um esquema especial. Um parquinho foi instalado e, nesta edição, animadores vão dinamizar a recreação. Os pequenos ainda terão menu próprio, um complemento ao bufê completo, com entrada, pratos principais, sobremesas e bebidas. DJ e show ao vivo prometem manter a noite aquecida.

— Temos pessoas que vêm desde o início e, a cada edição, indicam-nos aos amigos. Esse boca a boca foi realmente o que mais fez a festa crescer — conta a gerente de eventos do Espaço Don, Cintia Prudente, ressaltando a logística da casa para a ocasião. — O jardim, nós deixamos livre, ambientando-o com algumas mesinhas perto do parquinho, para os pais que quiserem acompanhar os filhos. E há os lounges, um mobiliário de jardim em que as pessoas se revezam o tempo inteiro.

A acessibilidade para portadores de deficiências e para quem chega com carrinho de bebê é um ponto que a equipe da casa gosta de ressaltar. Além de as entradas terem rampas e o espaço entre as mesas ser amplo para facilitar o trânsito, há cuidado com o mapa das mesas no momento da reserva, quando o cliente informa sobre esta necessidade.

O restaurante pode sediar festas com até 250 convidados. Apesar de pedidos insistentes até mesmo no dia do evento, não há venda de entradas extras, destaca Cintia Prudente:

— No dia, vai estar cheio de gente aqui querendo comprar o ingresso. Tem quem diga que não precisa de mesa, mas não dá. Tira o conforto de se ter espaço, atrapalha a logística. Uma quantidade enorme de pessoas aqui dentro deixa ruim a circulação e a pista de dança.

Para quem não dispensa os ares praianos no réveillon, uma opção é o Clássico Beach Club, na Praia do Pepê, que terá um evento animado pelo som da banda Floater e pelos sets dos DJs Cobra e Roger Lyra. É a terceira edição do “Réveillon Clássico”, das 21h às 4h. Os ingressos, cujas vendas estão no segundo lote, também dão direito a um cardápio assinado pelo bufê Pimenta Rosa e a open bar.

A área da festa, que terá no máximo 200 pessoas, será delimitada por grades que tomarão uma faixa de areia, onde serão dispostas mesas e cadeiras, além das tradicionais espreguiçadeiras já características do quiosque. A proprietária, Carla Romano, conta ver principalmente grupos de amigos e famílias da Barra durante a comemoração, mas há também quem participe buscando alternativas menos disputadas do que bairros como Copacabana. Carla diz que o clima é o de um espaço onde se pode comer bem, num bom ambiente”.

— A maioria dos convidados mora perto do quiosque. Vem com criança, fica um pouco, e tem a possibilidade de levá-la para casa e depois voltar para a festa. Que é light, mas bem animada. É um espaço em que se consegue conversar com as pessoas. Não é como uma boate. É uma comemoração entre amigos, num ambiente pequeno — define.

Carla e o marido, Marcio Rodrigues — dupla à frente também do Clássico Beach Club Urca —, moldaram o estilo do quiosque a partir de experiências que tiveram em viagens. No dia a dia, a casa oferece menu criado por um chef e drinques preparados por um mixologista. A dupla considerava que o Rio carecia de um espaço à beira-mar onde se pudesse “tomar uma boa bebida e passar o dia”, explica ela. O evento de fim de ano está em sintonia com a proposta.

— No primeiro ano, o objetivo foi fazer um festão, mas vimos que o público não quer isso. As pessoas querem se sentir confortáveis — conta a proprietária. — Aqui ainda é pé na areia.

NOVA TRADIÇÃO

A chegada de 2017 será saudada com uma festa maior do que a do ano passado na região. A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ) e a Rio Convention & Visitors Bureau (Rio CVB), com o apoio da Riotur, promoverão, neste réveillon, queima de fogos de artifício em dez pontos espalhados na Barra e no Recreio. Serão cinco toneladas de material, que resultarão num show de entre três e 12 minutos, com 34 tipos de efeitos e cores. Por enquanto, a região tem média de ocupação de 58,49%, mas a rede hoteleira se mostra otimista, apostando em reservas de quartos e compras de pacote de última hora, principalmente pelo público carioca.

O Hotel Hilton vai participar da festa oficial pela segunda vez. Longe da orla do bairro, marcará a virada do ano com um espetáculo em frente ao empreendimento, na Avenida Embaixador Abelardo Bueno. A programação é dividida entre a ceia realizada no Abelardo Restaurante, com bufê especial para a ocasião, e a festa, que contará com DJ e terá como atração principal o cantor e apresentador Leo Jaime, que subirá ao palco logo após a meia-noite. No menu estarão combinados pratos tradicionais da época e opções contemporâneas. A diretora do Hilton e conselheira da ABIH-RJ na Barra, Laura Castagnini, tem a expectativa de fechar o ano com ocupação próxima a 100% e atrair o público vizinho para os eventos.

— A realidade está muito acima da expectativa. É nosso segundo ano-novo, e a festa principal está quase lotada. Como o brasileiro tem a tendência de deixar tudo para o último momento, achamos que tanto a ceia como a festa vão lotar — espera Laura.

A conselheira da ABIH-RJ na Barra lembra que os investimentos no setor são parte do legado olímpico. No ano passado, quando novas cadeias chegaram — Hilton entre elas —, o público vizinho, isto é, moradores de bairros próximos, começou a ser cortejado, salienta.

— Mostramos, assim como outros hotéis, que temos opções de qualidade e mais convidativas. Ao mesmo tempo, a iniciativa privada fez um investimento grande na queima de fogos. Sempre foi nossa intenção mostrar a região para os órgãos públicos. A Olimpíada colocou a Barra no mapa, e a Riotur entende isso.

No Windsor Barra, as festas de fim de ano já são uma tradição. Desta vez, a ideia é transportar os convivas para outro continente, com a ceia temática “Um safári na África”. Pratos típicos vão dividir a mesa com quitutes brasileiros. A proposta foi do gerente-geral de alimentação e bebidas, Joatan Franco de Queros, para deixar o jantar comemorativo nos mesmos moldes do realizado na unidade do Windsor em Copacabana.

Países como Grécia, Marrocos e França já serviram de inspiração para edições passadas. Este ano, a expectativa é que o cantinho da foto, com um jipe estilizado, faça a alegria dos convidados. Queros diz que a festa do Windsor é muito procurada por famílias, principalmente as com crianças, um público que sempre merece atenção especial. Os pequenos convidados têm direito a recreação durante toda a festa (das 21h às 5h) e berçário, área reservada para recarregar as energias com um cochilo.

— A Barra é um lugar tranquilo, onde se pode trazer a família para jantar. As pessoas vêm andando e voltam andando. Tem quem fique até as 5h. São clientes que fazem parte dos nossos dez anos — conta o gerente.

O hotel também promove queima de fogos. O show de luzes e som é brindado com uma garrafa de espumante, inclusa no pacote da festa, que dá direito também a taças personalizadas. A animação fica completa com a apresentação da banda Anjos da Noite.

Haverá queima de fogos ainda nos hotéis Sheraton, Brisa Barra, Grand Hyatt, Ramada Recreio Shopping, Venit + Mio e Praia do Pontal, no VillageMall e no Quebra-Mar. (Colaborou: Rodrigo Berthone)

(webremix.info)


Companhias aéreas oferecem conexão estendida em cidades pelo mundo

RIO - Durante aquela viagem até Frankfurt, na Alemanha, que tal aproveitar a conexão em Paris e curtir a cidade um tempinho a mais? Muitos turistas não sabem, mas diferentes companhias aéreas estão oferecendo a seus clientes o stop-over, uma parada estendida que aumenta o tempo de estadia nos locais de conexão, desde que a viagem total dure mais de dez horas.

Algumas empresas até pagam a hospedagem de uma noite. Outras dão descontos em hotéis e atrações em geral, como é o caso da TAP.

— A ideia é que a pessoa possa aproveitar o local onde vai parar, mas principalmente consiga descansar durante voos longos — diz Francisco Guarisa, diretor de Marketing da TAP para o Brasil.

BVStopover

A Emirates, que liga as Américas e a Europa à Ásia, em viagens de até 23 horas, oferece diária de uma noite em Dubai. A oferta vale inclusive para a classe econômica: basta que o tempo de conexão na cidade exceda oito horas e o destino seja fora dos Emirados Árabes. Já na classe executiva, o tempo de espera na conexão pode ser de apenas seis horas para garantir a hospedagem gratuita.

A pedagoga Monica Menezes descobriu o serviço de stop-over na Emirates, quando foi à Tailândia em 2013 e, desde então, sempre utiliza tempo extra nas conexões:

— O mais interessante é poder fazer um pernoite com tranquilidade e conforto. A longa viagem na econômica acaba prejudicando o tempo no destino, pois, ao chegar, precisamos de mais horas para nos recuperarmos.

A KLM e a Air France não pagam estadia, mas oferecem, em conjunto, o serviço de stop-over sem custo adicional, inclusive para a classe econômica. Passageiros das duas companhias que estiverem indo, por exemplo, do Rio a Moscou, podem escolher ficar em Paris na ida e em Amsterdã, na volta, quantos dias quiserem. Ou vice-versa. O necessário é que o voo até o destino final dure mais de dez horas.

Na TAP, o programa de stop-over acabou de ser criado. Além de poder estender a estadia em Lisboa ou no Porto por até três noites, os passageiros ganham descontos em hotéis parceiros da companhia. Segundo a empresa, só na capital, são 150 opções. O serviço vale para quem tem como destino final cidades na Europa ou na África.

No caso da Turkish Airlines, se comprar passagem para Ásia, África ou outro destino europeu, o passageiro poderá estender a conexão em Istambul por até duas noites. Pela companhia, para quem viaja na classe executiva, o voo só precisa ser de mais de sete horas. Para a econômica, vale o período de mais de dez. A companhia oferece city tour gratuito na cidade.

A British Airways oferece o serviço de stop-over em Londres, por um período de até 34 horas. A opção só pode ser considerada na escolha feita no momento da reserva. Na Air Europa, o sistema funciona de maneira semelhante: voos com mais de dez horas dão direito a uma parada de até dois dias em cidades com conexão. Porém, no caso desta companhia, o serviço só pode ser adquirido diretamente com agentes, por telefone. No site, o serviço ainda não está habilitado.

As companhias brasileiras Gol e a Avianca Brasil ainda não oferecem programas de stop-over. Assim como a Latam, elas têm a opção de “múltiplos destinos”, onde é possível montar um roteiro passando por várias cidades, mas sem condições especiais tarifárias. Já a Azul opera no programa da TAP.

Em todas essas empresas, o ideal é adquirir o serviço no ato da compra da passagem. Também é possível solicitar o serviço na hora de fazer o check-in, mas, neste caso, o critério é saber se o voo que sairá da cidade de conexão tem assentos disponíveis na data escolhida — se não tiver, algumas companhias podem cobrar pela diferença.

(webremix.info)


Amyr Klink aborda fracassos em 'Não há tempo a perder'

RIO — O navegador Amyr Klink não gosta de histórias de sucesso. O homem que atravessou o Atlântico Sul num barco a remo, encarou o inverno antártico e fez a circunavegação polar pelo caminho mais difícil — as duas primeiras missões, sozinho — prefere aquelas que terminaram em fracassos retumbantes. Para ele, aprender com o sucesso é óbvio, mas as lições dos fracassos são muito mais enriquecedoras. No livro “Não há tempo a perder” (Foz/Tordesilhas), em depoimento à editora Isa Pessoa, Klink revê sua trajetória e revela fracassos e frustrações de seus audaciosos projetos, que deram origem às obras “Cem dias entre céu e mar”, “Paratii” e “Mar sem fim” (todas da Companhia das Letras).

— Não gosto da cultura americana do sucesso. Cada sucesso tem um monte de fracasso. Eu fracassei muito durante bastante tempo, meus projetos demoravam para acontecer. No dia em que me deixaram colocar o barco na água na África para remar até o Brasil, entendi que essa era a parte mais fácil. Qualquer um no meu lugar, naquele instante, chegaria ao Brasil — diz Klink.

Das páginas de “Não há tempo a perder” emerge um navegador meticuloso, atento a todos os detalhes, obsessivo no planejamento de suas travessias, do rascunho da embarcação na prancheta até o dia de entrar na água. Ao mesmo tempo, suas histórias são atravessadas por obstáculos imprevistos, alguns decisivos para o destino dos empreendimentos.

Por exemplo: o barco que atravessou o Atlântico Sul ficou centímetros maior do que o limite da companhia aérea para cargas. A solução foi fazer o transporte num cargueiro para a África. Nos dias de viagem, Klink, ao revisar seus cálculos, decidiu trocar a rota da travessia. Essa decisão foi fundamental para o seu sucesso. Muitas vezes, conta o navegador, o maior risco de um projeto como os seus não são tempestades espetaculares.

Não gosto da cultura americana do sucesso. Cada sucesso tem um monte de fracasso. Eu fracassei muito durante bastante tempo, meus projetos demoravam para acontecer

— A gente está sempre na expectativa de que os problemas virão com uma tempestade, mas às vezes é um cabo pequeno que está puindo. No mau tempo, você vai entrar numa tremenda roubada porque aquele cabo vai arrebentar. Navegar é um processo de vigilância constante. Isso revela muito a índole de quem está a bordo — afirma Klink, que fala no livro de parcerias bem e malsucedidas nas suas viagens.

Apesar de ter feito algumas das suas principais travessias sozinho, viabilizar uma expedição é um trabalho coletivo que envolve de engenheiros navais a nutricionistas. O navegador dá atenção a todos e mantém a cabeça aberta para soluções heterodoxas. Klink demonstra admiração pelos caiçaras de Paraty, cidade onde foi criado e vive hoje, e os pescadores de Cambocim, no Ceará, homens que desenvolveram tecnologias próprias na construção de embarcações. Técnicas às vezes simples, como molhar a vela para controlar a velocidade do barco. E ainda cita um exemplo amazônico.

— O maior parque de construção naval em alumínio no mundo é em Manaus. Proibiram o corte de itaúba, que era a madeira mais utilizada nas canoas, e eles transferiram para o alumínio o desenho dos antigos barcos — diz ele. — Eu dependo dos engenheiros para construir os meus barcos, mas gosto de ter a cabeça livre para desvarios.

A família Klink também ocupa lugar importante no livro. O navegador fala sobre a difícil relação com o pai, Jamil, um libanês de gênio difícil que considerava a mata e a água os maiores bens de suas terras em Paraty. É por causa de Seu Jamil que boa parte da costa preserva até hoje sua vegetação nativa.

(webremix.info)


Amyr Klink aborda fracassos em livro

RIO — O navegador Amyr Klink não gosta de histórias de sucesso. O homem que atravessou o Atlântico Sul num barco a remo, encarou o inverno antártico e fez a circunavegação polar pelo caminho mais difícil — as duas primeiras missões, sozinho — prefere aquelas que terminaram em fracassos retumbantes. Para ele, aprender com o sucesso é óbvio, mas as lições dos fracassos são muito mais enriquecedoras. No livro “Não há tempo a perder” (Foz/Tordesilhas), em depoimento à editora Isa Pessoa, Klink revê sua trajetória e revela fracassos e frustrações de seus audaciosos projetos, que deram origem às obras “Cem dias entre céu e mar”, “Paratii” e “Mar sem fim” (todas da Companhia das Letras).

— Não gosto da cultura americana do sucesso. Cada sucesso tem um monte de fracasso. Eu fracassei muito durante bastante tempo, meus projetos demoravam para acontecer. No dia em que me deixaram colocar o barco na água na África para remar até o Brasil, entendi que essa era a parte mais fácil. Qualquer um no meu lugar, naquele instante, chegaria ao Brasil — diz Klink.

Das páginas de “Não há tempo a perder” emerge um navegador meticuloso, atento a todos os detalhes, obsessivo no planejamento de suas travessias, do rascunho da embarcação na prancheta até o dia de entrar na água. Ao mesmo tempo, suas histórias são atravessadas por obstáculos imprevistos, alguns decisivos para o destino dos empreendimentos.

Por exemplo: o barco que atravessou o Atlântico Sul ficou centímetros maior do que o limite da companhia aérea para cargas. A solução foi fazer o transporte num cargueiro para a África. Nos dias de viagem, Klink, ao revisar seus cálculos, decidiu trocar a rota da travessia. Essa decisão foi fundamental para o seu sucesso. Muitas vezes, conta o navegador, o maior risco de um projeto como os seus não são tempestades espetaculares.

Não gosto da cultura americana do sucesso. Cada sucesso tem um monte de fracasso. Eu fracassei muito durante bastante tempo, meus projetos demoravam para acontecer

— A gente está sempre na expectativa de que os problemas virão com uma tempestade, mas às vezes é um cabo pequeno que está puindo. No mau tempo, você vai entrar numa tremenda roubada porque aquele cabo vai arrebentar. Navegar é um processo de vigilância constante. Isso revela muito a índole de quem está a bordo — afirma Klink, que fala no livro de parcerias bem e malsucedidas nas suas viagens.

Apesar de ter feito algumas das suas principais travessias sozinho, viabilizar uma expedição é um trabalho coletivo que envolve de engenheiros navais a nutricionistas. O navegador dá atenção a todos e mantém a cabeça aberta para soluções heterodoxas. Klink demonstra admiração pelos caiçaras de Paraty, cidade onde foi criado e vive hoje, e os pescadores de Cambocim, no Ceará, homens que desenvolveram tecnologias próprias na construção de embarcações. Técnicas às vezes simples, como molhar a vela para controlar a velocidade do barco. E ainda cita um exemplo amazônico.

— O maior parque de construção naval em alumínio no mundo é em Manaus. Proibiram o corte de itaúba, que era a madeira mais utilizada nas canoas, e eles transferiram para o alumínio o desenho dos antigos barcos — diz ele. — Eu dependo dos engenheiros para construir os meus barcos, mas gosto de ter a cabeça livre para desvarios.

A família Klink também ocupa lugar importante no livro. O navegador fala sobre a difícil relação com o pai, Jamil, um libanês de gênio difícil que considerava a mata e a água os maiores bens de suas terras em Paraty. É por causa de Seu Jamil que boa parte da costa preserva até hoje sua vegetação nativa.

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Airbnb agora oferece passeios guiados e dicas de moradores

RIO - Mais que hospedagem, o Airbnb passa a vender agora experiências de viagens. A partir desta quinta-feira, é possível contratar pelo site e pelo aplicativo passeios exclusivos, receber dicas de moradores locais e contactar outros viajantes. Além do já existente serviço de aluguel de imóveis por temporada.

BV Airbnb

O serviço por enquanto está presente em 12 cidades ao redor do mundo: Detroit, Londres, Paris, Nairóbi (Quênia), Havana, São Francisco, Cidade do Cabo, Florença, Miami, Seul, Tóquio e Los Angeles. Até o fim de 2017, mais 50 cidades entrarão neste catálogo, entre elas Rio e São Paulo.

A plataforma Trips é dividida em três áreas. "Experiences", "Places" e "Home". Na primeira estão as experiências, passeios exclusivos com pessoas que vivem em um local ou se destacam em uma área. Essas experiências serão divididas por temas, como arte, gastronomia, música, história etc.

Entre os exemplos apresentados nesta quinta pelo CEO da empresa, Brian Chesky, em um teatro de Los Angeles, está o de Jack Swart, ex-carcereiro, que leva visitantes à prisão de Robben Island, na África do Sul, para conhecer mais a história de Nelson Mandela.

Uma artesã de Seul, que ensina o ofício passado de geração em geração, uma "antropóloga gastronômica" que oferece um tour pelo mercado mexicano de Los Angeles e uma caça a trufas na Toscana são outros exemplos de passeios que poderão ser contratados via Airbnb, alguns de mais até dois ou três dias, outros de algumas horas de duração. Esses passeios são pagos e os preços variam. O pagamento é feito direto na plataforma do Airbnb, como na locação de quartos e casas.

Na categoria "Places", o serviço mais inovador é o chamado "Meet up", que mostra, em um mapa, outros hóspedes do Airbnb na região e permite que esses viajantes se encontrem.

Também há o espaço "Guidebooks", onde moradores ou anfitriões que se destacam em alguma área (um músico, uma arquiteta, um atleta...) dão dicas de programas ou lugares, de preferência fora do roteiro turístico convencional. No primeiro momento há cem guias, para seis cidades: Los Angeles, São Francisco, Havana, Nairóbi, Detroit e Seoul.

Neste mesmo campo também há audioguias, chamados "Audio walks", que ajudam o visitante a se guiar por determinadas áreas de, por enquanto, apenas Los Angeles. A previsão é de que São Francisco, Paris, Londres, Tóquio e Seul ganhem seus audioguias até o segundo trimestre de 2017.

A nova plataforma também permite que o usuário organize em um mesmo aplicativo todos os serviços contratados para e durante a viagem, como hospedagem, guias e experiências, juntando tudo em um único roteiro.

Durante a apresentação, Chesky afirmou que a expansão do Airbnb não para aí. Deixou entender que a empresa pretende atuar em áreas mais amplas, como passagens aéreas, aluguel de veículos, reserva de restaurantes e outros serviços turísticos.

(webremix.info)


Moro marca para dia 30 depoimento de Lula como defesa de Cunha (webremix.info)


Defesa de Cunha pede que Michel Temer e Lula sejam ouvidos como testemunhas na Lava-Jato (webremix.info)


Estudo calcula prejuízos causados por matança de elefantes

A matança de elefantes na África causa grande impacto econômico nos países do continente, reduzindo as receitas com o turismo em US$ 25 milhões por ano. A conclusão é de um novo estudo internacional publicado nesta terça-feira, 1º, na revista científica Nature Communications.De acordo com o estudo, as populações de elefantes da África foram dizimadas nos últimos anos, sofrendo uma redução de 30% entre 2007 e 2014. [Leia mais...] (webremix.info)


Países afetados pelo terrorismo perdem turistas para seus vizinhos

RIO - A criação de um certificado internacional de segurança para a indústria hoteleira é uma das medidas em estudo pelo setor, como reação aos ataques terroristas registrados no Velho Mundo, que vêm afetando o mercado de turismo de diferentes países da região. Para reforçar sua atratividade, os hotéis se submeteriam à certificação, nos mesmos padrões do selo de sustentabilidade.

Para a École Hôtelière de Lausanne (EHL), uma das principais escolas de hotelaria do mundo, não está claro se os efeitos dos atentados e de outras mudanças a nível global vão se cristalizar sobre o setor do turismo ou apenas exigirão que ela se adapte. De qualquer forma, é preciso mudar.

BV Terrorismo

A entidade está para publicar seu “Relatório de Lausanne”, em que traça cenários para o futuro do setor. O trabalho considera não somente as consequências dos ataques terroristas, como também das mudanças climáticas e dos fluxos de migração que, ressalta a EHL em nota enviada ao Boa Viagem, não têm precedentes:

“Nos vários cenários traçados pelo relatório, há os que dizem que a indústria se tornará cada vez mais frágil, e há os que apontam para maior flexibilidade e capacidade de adaptação. Só o tempo dirá. Precisamos é capacitar futuros líderes para enfrentar esses novos desafios”.

O turismo na França é um dos que mais vêm sentindo os efeitos do clima de insegurança. Haja vista o Louvre, que estima que perderá até dois milhões de visitantes este ano. Tudo se intensificou a partir de janeiro de 2015, quando, em ataque ao semanário francês “Charlie Hebdo”, 12 pessoas foram mortas em Paris.

Só a França teve, depois, duas tragédias de grandes proporções: o massacre simultâneo no Bataclan e outras duas áreas da Grande Paris (há um ano) e em Nice (julho último). A partir dali, a queda de pernoites no país chegou a 10%, com redução de 20% na Riviera Francesa, no pós Nice.

Turquia e Bélgica também sofreram sérios ataques entre janeiro e março deste ano. Resultado: o turismo da região se vê diante de atentados relativamente próximos, que dificultam sua recuperação. Pesquisa da ForwardKeys, empresa especializada na análise de Big Data para o setor de viagens, mostra que caíram em média 7,7% as reservas feitas por chineses para a Europa, de meados de novembro de 2015 até meados deste mês. Para Paris, perda de 23,4%.

Enquanto isso, países percebidos como mais seguros, como Portugal, Espanha e Dinamarca, ganham destaque — tanto entre turistas das Américas, quanto asiáticos. Portugal chama atenção. Em cinco anos, a percepção de segurança do país deu um pulo: no Índice Global da Paz (Global Peace Index), calculado pelo Instituto para Economia e Paz, nossos patrícios subiram do 16º lugar de 2012, para a 5ª colocação este ano.

A República Tcheca, agora em sexto no ranking, também teria se beneficiado desse desvio de rotas, acredita Luiz Fernando Destro, diretor do escritório de turismo tcheco no Brasil: o país tem tido expansão anual de 3% a 5%. A Rússia é outra que identifica ganhos: Segundo a pesquisa da Forwardkeys, as reservas feitas por asiáticos para Moscou cresceram 23%.

RESORTS E CRUZEIROS, OPÇÕES QUE SE DESTACAM

Quanto vai custar a criação de um certificado internacional é uma das questões em debate entre os especialistas. E até que ponto os turistas estariam dispostos a pagar por maior segurança, também. Diante do novo cenário mundial, a indústria hoteleira passou a se debruçar sobre estudos para desenvolver planos de segurança e melhorar infraestrutura e logística próprias.

Investir em resorts e cruzeiros — ou em outros tipos de hospedagens menos expostos ao perigo — é uma tendência. Até porque os riscos se diferenciam entre os estabelecimentos. Hotéis próximos a locais públicos, que podem ser alvo de terrorismo, como aeroportos, são considerados mais vulneráveis. Na outra ponta, cresceu a procura por regiões de praia e sol, informa o Turismo da Suíça.

Aliás, a Suíça é outro país que subiu no ranking do Índice Global da Paz, passando do 10º lugar, em 2002, para a 7ª posição em 2016. O indicador, que inclui 163 nações este ano, considera o nível de paz de cada país, segundo os graus de segurança, interna e externa, e militarização.

Entre os países que tiveram piora de desempenho nos últimos cinco anos — além da França, que foi do 40º lugar para o 46º — estão a Bélgica (de 11º a 18º) e a Turquia, que já tinha sérios problemas de segurança e deixou a 130ª colocação para passar a 145ª. No caso do Egito, a perda de posições foi maior, de 111º para 142º.

Para a Ásia, via Dubai

— O que está acontecendo é triste e injusto para com os destinos do norte da África, que dependem do turismo e estão sofrendo muito — lamenta Filipe Silva, conselheiro do Turismo de Portugal, ao analisar o cenário atual principalmente no Egito, acrescentando que as pessoas, num primeiro momento, evitaram pegar avião. — Deram preferência a ficar perto de casa ou pela vizinhança. E, assim, observamos um acréscimo no fluxo de turistas para Portugal.

Silva diz ainda que as companhias aéreas sentiram uma forte retração no início do ano e agora estão se recompondo. Só que parcialmente:

— Se formos comparar com 2015, ainda há déficit.

No caso de nós brasileiros — que sentimos a tensão, mas de longe — a crise econômica foi o principal fator de desaceleração do mercado este ano. Considerando especificamente os atentados, diz Marco Lourenço, diretor da operadora de viagens Queensberry, registrou-se uma pequena estremecida em relação a viagens para a Europa e quem perdeu mesmo foi a Turquia:

— A Turquia zerou!

Um roteiro que vem crescendo na operadora é o direcionado ao Sudeste asiático. Via Dubai. Ou seja, nada de Paris, Londres ou Frankfurt.

ENTREVISTA

Urs Eberhard: ‘A Europa, em geral, não se recuperou’

O turismo na Suíça está sofrendo os efeitos dos ataques terroristas à vizinhança. Afinal, muita gente costuma viajar ao país, combinando roteiros que incluem a França. O vice-presidente de Marketing do Turismo da Suíça, Urs Eberhard, ressalta ainda que, desta vez, ao contrário do usual, os turistas tendem a não esquecer dos acontecimentos com facilidade.

Segundo a OMT, o turismo na Europa cresceu 4% no primeiro trimestre do ano, mas com clara retração no caso dos países afetados pelo terrorismo. A Suíça não é um deles. Há efeitos sobre o país?

Sim, a Suíça está sendo afetada. Muitos turistas estrangeiros costumam combinar roteiros que incluem a Suíça e a França, principalmente Paris; muitos vão de Roma a Paris, via Suíça. Um grande número de visitantes asiáticos (de Japão e China) cancelou sua ida a Paris e, assim, também à Suíça. Mas a Suíça ainda é percebida como um lugar seguro, e as viagens domésticas e de países vizinhos registraram alta no verão. Além disso, tivemos crescimento de turistas americanos.

Os turistas estão realmente assustados? A vida parece voltar rapidamente ao normal em lugares que recebem ataques terroristas, como ocorreu na Londres de 2015.

As pessoas costumam esquecer rapidamente, sim, e os lugares afetados normalmente respondem com ações de marketing e promoções, que logo equilibram o mercado. No entanto, se estamos diante de vários ataques num curto período de tempo e existe uma ameaça de ataques permanentemente, as pessoas tendem a adiar viagens ou a optar por destinos tidos como seguros. A série de incidentes em meses próximos na França, Bélgica, Alemanha e Turquia fez com que esses países, assim como a Europa em geral, ainda não tenham se recuperado.

Há destinos “se beneficiando” dessa situação? Quais?

Espanha, Ilhas Baleares, Itália e Grécia são os ganhadores. Os viajantes estão evitando o sul da França, a Turquia, o norte da África e têm procurado opções de sol e praia.

(webremix.info)


Comissão Baleeira Internacional rejeita criação de santuário no Atlântico Sul (webremix.info)


Latam inaugura rota para África do Sul (webremix.info)


Fugitivos e imigrantes sofrem todo tipo de dificuldades e agressões

RIO - Enquanto autoridades tentam resolver crises migratórias que afetam principalmente o Oriente Médio, a Europa e o Sudeste Asiático, o sofrimento dos refugiados que buscam vida nova sofre com condições precárias na fuga, o perigo dentro e fora de casa e como lidar com seu retorno.

Retorno a áreas de conflito

Volta forçada. Refugiados afegãos vivem crescente hostilidade no Paquistão, que já forçou mais de 10 mil pessoas a regressarem a um país devastado pela guerra.

Sob pressão. Refugiados no campo queniano de Dadaab estão sob pressão para voltar à Somália. O governo pretende reduzir os 150 mil refugiados no acampamento até o final de 2016. Mais de 20 mil somalis já retornaram.

Presos no deserto. Mais de 75 mil refugiados que fogem da Síria estão presos na fronteira com a Jordânia, numa estreita faixa de deserto conhecida como Berm.

Condições precárias

Abusos e superlotação. Em centros de detenção na Malásia, refugiados da etnia rohingya, de Mianmar, e outros requerentes de asilo suportam superlotação, risco de doença, abuso sexual e físico e até a morte pela falta de cuidados médicos. Na Líbia, refugiados sofrem abusos generalizados em centros de detenção, onde são detidos ilegitimamente, sem acesso a advogados.

Violação dos direitos humanos. Em Darfur, no Sudão, ocorrem violações de direitos humanos pelas forças de segurança usadas pelo país para controlar a imigração.

Viagens perigosas

Mortes no mar. Em 2015, mais de um milhão de refugiados e migrantes chegaram à Europa por via marítima. Estima-se que até quatro mil se afogaram. Em 2016, já houve mais de 3.500 mortes.

Estupros. Em 2016, refugiadas da África Subsaariana, antes de atravessarem a Líbia, contaram tomar pílulas anticoncepcionais para evitar a gravidez, por causa dos recorrentes casos de estupro.

Sequestros. Refugiados que fogem da violência na América Central estão sujeitos a sequestros, extorsão, agressão sexual e assassinato na viagem aos EUA, via México.

Contrastes

Reino Unido x Jordânia. O Reino Unido recebeu menos de 8 mil cidadãos sírios desde 2011, enquanto a Jordânia, com população quase dez vezes menor e com 1,2% do PIB britânico, abriga 655 mil refugiados da Síria.

Nova Zelândia x Líbano. Com população de 4,5 milhões de habitantes, 10 mil Km de território e PIB de US$ 10 mil per capita, o Líbano dá abrigo a 1,1 milhão de sírios, enquanto a Nova Zelândia, que tem o mesmo tamanho de população, mas conta com 268 mil Km e PIB per capita de US$ 42 mil, recebeu somente 250 pessoas.

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Elon Musk anuncia projeto de levar humanos a Marte

O diretor da empresa aeroespacial SpaceX, Elon Musk, revelou nesta terça-feira seu ambicioso plano para enviar humanos a Marte em um grande foguete com cabines, a um custo mínimo de US$ 100 mil ( R$323 mil) por pessoa. marte

Subindo no palco sob um grande globo de Marte durante o Congresso Internacional de Astronáutica, no México, Musk mostrou sua visão de um foguete gigante que poderá levar homens e mulheres para o Planeta Vermelho "em nossa existência".

"Nós precisamos partir dessas missões exploratórias iniciais para realmente construir uma cidade", disse a uma multidão no centro de exposições com capacidade para milhares de pessoas, em Guadalajara.

Musk exibiu um vídeo futurista, representando seu conceito de um sistema de transporte interplanetário baseado na reutilização de foguetes, em um propulsor em Marte e 1.000 espaçonaves em órbita, carregando 100 pessoas cada.

A espaçonave teria restaurantes, cabines, jogos de gravidade zero e filmes.

"Tem que ser divertido, ou excitante. Não pode ser apertado, ou chato", afirmou.

O primeiro voo seria caro, mas o objetivo é "tornar isso acessível para quase qualquer pessoa que queira ir", diminuindo o preço da entrada a cada vez até atingir os US$ 100 mil (R$323 mil), disse Musk.

Milhões de toneladas de carga também seriam necessárias para decolar a bordo do poderoso foguete, descrito por ele como uma "versão em escala do foguete Falcon 9", sistema atual da empresa que pode pousar verticalmente.

O empresário americano-canadense nascido na África do Sul disse que o plano exige uma "parceria público-privada enorme" para estabelecer uma civilização humana autossustentável em Marte.

A SpaceX disse que seu plano é enviar a cápsula de carga não tripulada Dragon para Marte em 2018, criando um caminho para uma missão humana que deixaria a Terra em 2024 e chegaria ao Planeta Vermelho no ano seguinte.

O foguete levaria uma nave espacial em órbita, que seria deixada lá, e pousaria de volta na Terra para pegar um tanque de combustível. Imediatamente, retornaria com a nova carga para a nave a fim de abastecer até sua viagem a Marte, descreveu Musk.

Uma vez em Marte, os seres humanos teriam de criar uma fábrica para produzir o propulsor, usando os recursos do planeta, como o metano, de modo a abastecer a nave espacial. Com isso, poderiam voltar para a Terra.

'OBJETIVOS AGRESSIVOS'

Para os especialistas, porém, chegar a Marte - a uma distância média de 225 milhões de quilômetros da Terra - e viver lá exigiria uma verdadeira proeza de engenharia e um investimento enorme.

Antes da apresentação de Musk, John Logsdon, ex-diretor do Instituto de Política Espacial na Universidade George Washington, disse que é improvável que Musk consiga cumprir o plano de chegar no planeta até 2025. Logsdon lembrou que o empresário já havia sido otimista anteriormente sobre seus foguetes.

"Primeiro que tudo é caro. Estamos falando de muitos bilhões de dólares e a SpaceX não tem essa quantidade de dinheiro", alegou.

Já o astronauta aposentado Leroy Chiao apontou que Musk "acumulou um grupo de peritos técnicos e operacionais, e que a SpaceX está gerando receitas a partir de lançamentos de foguetes".

"Elon Musk fixa objetivos agressivos e ainda que nem sempre consiga na data exata, normalmente é capaz de alcançá-los. Eu diria que é possível", disse Chiao à AFP.

A agência espacial americana, a Nasa, que também pesquisa os efeitos no corpo humano de um voo espacial prolongado, anunciou seus próprios planos de enviar missões tripuladas a Marte na década de 2030.

CORRIDA ESPACIAL COMERCIAL

A SpaceX não é a única empresa que sonha com enviar pessoas a Marte.

Fundada pelo diretor da Amazon, Jeff Bezos, a Blue Origin revelou este mês seus planos de construir um foguete chamado New Glenn para enviar humanos ao espaço. Mas o empresário assegurou que ir ao Planeta Vermelho pode levar décadas.

"Queremos que milhões de pessoas vivam e trabalhem no espaço em algumas décadas, se assim desejarem", declarou o presidente da Blue Origin, Rob Meyerson.

Autora de um foguete que já realizou aterrissagens verticais, essa companhia está concentrada em achar uma forma de levar as pessoas ao espaço continuamente e a um menor custo.

A Blue Origin compete com a empresa espacial Virgin Galactic, do milionário britânico Richard Branson, na corrida para fazer viagens turísticas ao espaço.

Ao ser questionado, em Guadalajara, se Marte está dentro de seus objetivos, o diretor-executivo da Virgin Galactic, George Whitesides, afirmou: "minha visão e a de Richard é que vamos estar muito focados no planeta Terra em um futuro próximo".

Enquanto a Virgin Galactic apresentou neste mês uma nova nave espacial com asas, a SpaceX e a Blue Origin lançaram foguetes que podem aterrissar verticalmente, uma conquista-chave que poderá reduzir os custos das viagens ao espaço, pois os foguetes seriam reutilizáveis.

A SpaceX desenhou o poderoso foguete Falcon Heavy, que poderia levar ao espaço a nave tripulada Dragon.

No final deste ano, a empresa espera lançar o foguete de 70 metros de comprimento, que tem um impulso equivalente a 18 Boeing 747 juntos.

A SpaceX sofreu um revés em 1º de setembro, quando seu foguete Falcon 9 explodiu durante um lançamento de teste na Flórida.

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Com caça ilegal, população de elefantes na África cai 20% em uma década

JOANESBURGO - A população de elefantes na África caiu cerca de 20% entre 2006 e 2015 devido a um aumento na caça ilegal de marfim em todo o planeta, informou a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) em relatório divulgado neste domingo.

A IUCN, que divulgou os números com base em estimativas e censos animais, disse que a contagem aproximada atual é de 415 mil elefantes vivendo na África, em áreas onde grandes censos puderam ser feitos. O total é inferior aos mais de 500 mil da última contagem em 2006.

A entidade, cuja sede é na Suíça, é considerada a maior autoridade em fauna selvagem no mundo e a divulgação do relatório na conferência sobre comércio internacional de animais selvagens vai conferir certa urgência ao tema, com alguns países buscando manter o comércio global de marfim proibido, ao passo que outros querem reabri-lo.

"É mais uma série de informações indicando que os governos devem tomar ações necessárias para combater a crise", disse a chefe de políticas internacionais da Wildlife Conservation Society, Susan Lieberman.

Existem localidades onde pesquisas frequentes não puderam ser conduzidas e é difícil dizer o que está acontecendo com os elefantes, como o Sudão do Sul, a Libéria e as áreas de savana na República Centro-Áfricana.

Em alguns países, as perdas foram expressivas. A Tanzânia, país que sobrevive graças ao turismo animal, teve queda de 60% na população de elefantes.

"Esse aumento na caça ilegal de marfim, que começou há aproximadamente uma década, o pior que a África já viveu desde as décadas de 1970 e 1980, foi o principal motivo desse declínio na população de elefantes", disse a IUCN.

A caça de elefantes aumentou para atender a uma forte demanda de mercados consumidores emergentes na Ásia, como a China, onde o marfim é uma commodity bastante cobiçada, usada em esculturas e outros acessórios ornamentais.

A IUCN notou ainda que em países ao sul da África, como Namíbia, África do Sul e Zimbábue, a população de elefantes "é estável ou crescente, e há evidência de crescimento em Botswana também."

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Viajantes com deficiência falam sobre os desafios de fazer turismo

RIO - Num dia de sol, como qualquer outro daquele verão de 2013 em Boston, a estilista Michele Simões fez um passeio de caiaque no Charles River. Vestiu colete, cravou as pás do remo na água e deslizou por quase uma hora. Nada muito diferente das outras pessoas a seu redor. A não ser pelo fato de que ela deixara sua cadeira de rodas no píer.

Paraplégica desde 2006, a paulista Michele é uma entre tantos viajantes com alguma deficiência que deixam o medo de lado na hora de fazer as malas para viajar pelo mundo. Com ajuda de serviços adaptados ou encarando os obstáculos que a falta de acessibilidade deixam pelo caminho.

BVAcessibilidade

Sucesso de público, a Paralimpíada do Rio jogou luz sobre essa parcela considerável da população — somente no Brasil são cerca de 45 milhões de pessoas com alguma deficiência, segundo o censo do IBGE de 2010 — e motivou ações necessárias à maior inclusão. O aeroporto do Galeão, por exemplo, investiu R$ 5,5 milhões em projetos de acessibilidade, que incluem novos elevadores, banheiros adaptados, rampas de acesso, pisos táteis, placas em braile, avisos sonoros e treinamento de libras para 45 funcionários, que foram úteis para os mais de quatro mil paratletas que desembarcaram na cidade, e continuarão sendo para os passageiros que não fazem parte da chamada Família Paralímpica.

As principais melhorias estão no novo Píer Sul e no Terminal 2. Mas as grandes aquisições podem ser as 26 novas pontes de embarque, ou fingers, fundamentais para passageiros com necessidades especiais.

— A companhia aérea pode avisar, com até 72 horas de antecedência, se terá algum passageiro com necessidade de atendimento especial a bordo. A partir daí, essa aeronave passa a ter prioridade para o uso dos fingers. Temos agora 58 deles, e a expectativa é que nenhum passageiro com dificuldade de locomoção precise mais descer na pista. Se isso acontecer, temos dois ambulifts — diz o gerente de Qualidade e Serviços de Segurança do Galeão, Alessandro Oliveira, se referindo aos veículos com uma espécie de elevador que coloca os passageiros na altura da porta do avião.

Escada no avião ainda é comum

A Gol também promete legados dos Jogos Paralímpicos. A empresa já utiliza novas rampas de acesso para aviões que fazem embarque e desembarque remoto no Santos Dumont e em Congonhas. Elas são acopladas às portas das aeronaves.

— Isso é importante. Infelizmente, subir ou descer de avião pela escada ainda é situação muito comum a pessoas com deficiência no país — relata Laura Martins, outra cadeirante que não tem medo de rodar o mundo.

Quando viajar ensina a domar o medo

Antes de pousar no aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, o engenheiro agrônomo Luiz Thadeu Nunes e Silva tinha medo de atravessar as avenidas de sua cidade, São Luís. Mas ao desembarcar, teve que andar na neve, com seu par de muletas.

— Foi meu teste de fogo, em pleno gelo europeu — relembra o maranhense, que passou a caminhar com muletas há nove anos, após um acidente de trânsito. — Fiquei quatro anos de cama. Quando tirei os ferros das pernas, quis compensar esse tempo. Desde 2009 já fui a 104 países. E quero conhecer muito mais. A próxima viagem será à África. E um dia vou visitar Kiribati (no Pacífico), onde o sol nasce primeiro e que está afundando.

Luiz Thadeu, que se tornou especialista em garimpar passagens em promoção, ganhou o mundo ao visitar o filho, que fora estudar na Irlanda. Só naquela viagem foram oito países, incluindo França, Itália e Marrocos. Já para Michele Simões, o mundo se abriu quando ela virou estudante. E aprendeu uma lição que nunca esqueceria:

— Foi um intercâmbio em Boston. Dois meses em outro país, outra língua. Foi um divisor de águas. Vi que podia ir aonde quisesse, se me dessem condições. Só eu poderia me colocar limites.

Partilhando experiências

Para compartilhar o que aprendeu se virando lá fora, Michele começou o blog Guia do Viajante Cadeirante, onde escreve sobre suas viagens. Do Canadá, guarda ótimas lembranças.

— Em Toronto, há um serviço chamado Paratransit, uma van adaptada que custa o mesmo preço do ônibus normal e me levava por toda a cidade — explica a estilista.

As experiências de viagem de mineira Laura Martins também fizeram surgir um blog, o Cadeira Voadora. Nele, ela conta como chegou a lugares bem distantes de sua Belo Horizonte natal.

— Dos lugares que tive, o mais bem preparado para cadeirantes foi Londres. Os ônibus vermelhos são perfeitamente adaptados, assim como os museus, as calçadas. Adorei também Nova York, principalmente no centrão turístico. Longe de Midtown já há algumas dificuldades — conta, ressaltando que o famoso metrô de Nova York deixa a desejar no quesito acessibilidade. — Aliás, estou para conhecer um metrô bom mesmo. O melhor em que já andei foi o do Rio.

Para essa funcionária pública, acessibilidade só existe quando representa liberdade e segurança para a pessoa com deficiência. Mas o termo muitas vezes é mal aplicado:

— Muitos hotéis se dizem acessíveis, mas não têm um balcão rebaixado na altura da cadeira de rodas para o check-in. Em banheiros, barras de segurança parecem colocadas de qualquer maneira. Há normas a serem seguidas, não é de qualquer jeito.

Laura diz que prefere sempre se hospedar em hotéis de grandes redes e, de preferência, novos. Para Michele, essa é uma questão crucial. Depois de uma traumática viagem para Buenos Aires, ela passou a sempre pedir fotos dos quartos e banheiros antes de fechar a reserva.

— Disseram que o banheiro era acessível, mas só havia uma banheira. Como não tenho equilíbrio no tronco, se não estivesse com meu namorado, não poderia tomar banho nenhum dia.

Pelo Brasil: turismo inclusivo de Noronha a Socorro

Laura, Michele e Luiz Thadeu têm histórias diferentes e estilos de viagem distintos entre si. Mas os três concordam quando dizem que o Brasil ainda precisa avançar muito na questão da acessibilidade de uma forma geral, inclusive no segmento do turismo.

— Ainda não há uma cultura inclusiva bem estabelecida no país, mas as coisas estão mudando. Devagar, mas estão — considera Laura, que cita Inhotim, em Brumadinho, Minas Gerais, como uma atração amigável às pessoas com deficiência.

O parque artístico nos arredores de Belo Horizonte é um dos cerca de 530 mil estabelecimentos cadastrados no novo Guia do Turismo Acessível, recém-lançado pelo Ministério do Turismo, durante a Paralimpíada do Rio. Trata-se de um portal onde usuários podem avaliar restaurantes, serviços de hospedagem, lojas, áreas de lazer, praias, serviços de turismo e atrações como museus, parques e zoológicos em todo o país. A ideia é que esse banco de dados gere um grande guia, no qual se possa consultar a qualidade do serviço prestado a pessoas com deficiência. Cada local é avaliado de acordo com quatro tipos de deficiência: auditiva, visual, física ou motora, ou mobilidade reduzida.

O Guia do Turismo Acessível pode ser acessado pelo site turismoacessivel.gov.br ou em aplicativos para smartphones com os sistemas iOS, Android e Windows. O material traz ainda um manual que ensina ao prestador de serviço como atender melhor a pessoa com deficiência.

Outro importante destino turístico brasileiro que pode ser avaliado no guia virtual lançado pelo governo é Fernando de Noronha. Desde 2013 o arquipélago pernambuco entrou para o mapa do turismo acessível, com a construção de três trilhas suspensas, de madeira, nos percursos para os mirantes dos Golfinhos, do Sancho e Dois Irmãos. Já na Praia do Sueste funciona o Projeto Praia Sem Barreiras, que oferece esteiras até a água e cadeiras especiais para que pessoas com deficiência possam tomar banho de mar. E este ano foi lançado o Guia Turístico de Acessibilidade da Ilha, onde constam os serviços, equipamentos e atrativos acessíveis da região. E 21 restaurantes confeccionaram cardápios em braile.

Hotéis acolhem cães-guia

Noronha está no caminho que a pequena Socorro, no interior de São Paulo, começou a trilhar há pouco mais de dez anos, ao adaptar sua oferta de turismo de aventura para visitantes com deficiência. Aos pés da Serra da Mantiqueira, hotéis fazenda e agências especializadas oferecem rafting, tirolesa, escalada, cavalgadas e estações termais para visitantes com e sem deficiência.

— Não basta adaptar fisicamente, botar só uma rampa. Às vezes é preciso mudar o processo do passeio. No circuito de arvorismo convencional, o visitante vai na frente do instrutor. No arvorismo adaptado, vão os dois juntos — explica Carlos Tavares, consultor de marketing dos hotéis fazenda Campo dos Sonhos e Parque dos Sonhos, pioneiros nesse segmento e vencedores da categoria de Melhor Hospedagem para Pessoas com Deficiência do World Responsible Tourism Awards, em 2014.

Os hotéis têm também sinalização em braile, quartos e escadas acessíveis e até espaço para cão-guia. Hoje, os concorrentes seguem os mesmos passos. O que não deixa Tavares aborrecido:

— A verdade é que o turismo acessível fez de Socorro uma cidade inclusiva como um todo. A cidade recebeu diferentes obras de acessibilidade e atualmente é um lugar adaptado para acolher nossos hóspedes. Isso nos orgulha muito.

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Fora do mapa: brasileiro viaja por ‘países que não existem’ (webremix.info)


Os Jogos e a economia criativa

O legado da Rio 2016 certamente será objeto de muitos estudos e textos de especialistas, sob diversos pontos de vista: da economia, da cidadania, da mobilidade, do urbanismo, entre outros. Mas há uma conquista que se evidencia na maneira com que os moradores ocuparam a cidade, com a revitalização do Centro e da Zona Portuária: o Rio se reencontra com a sua história, com a sua cultura e com o jeito de ser carioca. E é muito importante entender o significado deste resgate na hora de construir um projeto para o Rio depois da Olimpíada. A cultura é um valor econômico.

Já há algum tempo, a ONU entende que as novas tecnologias e a organização da sociedade do conhecimento em rede geram oportunidades para atividades derivadas da cultura, como produção audiovisual, música, artes, gastronomia, moda, design, games e softwares. É a chamada economia criativa, baseada na inovação e na criação de valor, tendo cultura e criatividade como matéria-prima. O setor, segundo a Firjan, já representa 2,6 % do PIB nacional e gera empregos num ritmo acima da média da economia tradicional.

Nesse sentido, as obras na região nos deram muito mais que a Orla Conde, o VLT , o Boulervard Olímpico e museus. Reviraram pedras e entulhos que escondiam uma parte importante da formação do Rio. Resgataram elementos culturais que podem trazer mais valor para a cidade. Não são apenas marcos históricos, monumentos recuperados. Mas a expressão da nossa cultura, das nossas origens. Talvez por isso tenham sido tão rapidamente incorporados à vida da cidade. O samba voltou com força à Pedra do Sal, a feijoada é celebrada nos bares da região, o lugar ganhou cores da África.

Por que parece tão importante destacar estas manifestações, entre tantas atrações que a cidade oferece? O Rio se tornou uma cidade internacional e muitas de suas características foram sendo desfiguradas por uma estética e costumes padronizados. Sumiram muitos restaurantes portugueses, edifícios espelhados ocuparam o lugar de prédios históricos, e a música internacional dominou muitas de nossas casas de espetáculos. Nada contra. Mas os turistas, nestes tempos de mundo globalizado, visitam cidades em busca de conexões vivas com a arte, a música, a gastronomia, a história do lugar. Desejam trocar experiências reais com o povo e a cultura da cidade.

Neste ponto, é importante ressaltar que a cultura ajuda o turismo, e o turismo é um forte indutor para o crescimento da economia do Rio. O turismo vai além dos nossos cartões postais: Corcovado, Pão de Açúcar, praias lindas e Maracanã. A cidade apresenta a opção de um turismo mais qualificado, de maior permanência e envolvimento, o turismo de convivência. E isto nem toda cidade pode oferecer: a roda de samba, a celebração do pôr do sol no Arpoador, a dança do passinho, a comida de botequim, o altinho na praia. Esse cardápio da diversidade cultural foi ampliado com a redescoberta da área portuária. E crescerá com a requalificação de espaços urbanos e a recuperação de prédios públicos históricos.

Na sociedade em rede, em que se estabelecem novas conexões na forma de abordar questões antigas, o Rio se apresenta como lugar propício ao desenvolvimento desta nova economia, que se vale da cultura e do conhecimento para conectar o local com o global. Para transformar cultura em valor. Bairros recriados, VLT ligando passado e futuro, coletivos, escritórios compartilhados, hostels, ciclovias, eventos financiados por crowdfunding... Sem dúvida, a economia criativa é um caminho para o novo Rio, que renasceu com a Olimpíada. Um Rio melhor. Aqui e agora.

Sandra Sanches é jornalista e integra o Núcleo de Economia Criativa da Escola Superior de Propaganda e Marketing

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Links : Viagens e Turismo na África e às Antilhas

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